Simpósio que ocorre na segunda-feira, 23 de março, em Curitiba, discutirá o que pode ser realizado para enfrentar os problema
 
Mais liberdade regulatória para investimentos é uma das soluções para a crise hídrica no Brasil, de acordo com Edson Campagnolo, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná – Fiep. O tema será discutido no simpósio “Dia Mundial da Água 2015 – Enfrentando a crise”, que ocorre na próxima segunda-feira, 23 de março, no Auditório Mário de Mari – Campus da Indústria do Sistema Fiep, em Curitiba. “Precisamos de mais liberdade para trazer novas tecnologias que possam ajudar ainda mais nos esforços para otimizar o consumo da água. E também que o Poder Público invista mais em tudo que pode ajudar na gestão hídrica”, afirma Campagnolo.
Hoje, a indústria é responsável por cerca de 15% do consumo de água, de acordo com informações da Fiep. Nesse setor, o controle do uso da água, pelo impacto nos custos, é sempre levado em conta na gestão das empresas. “A indústria está sempre buscando investir em novas tecnologias, água de reuso, plantas com ciclos fechados que visam a racionalização e economia no consumo de água” comenta.
O abastecimento de água no Paraná tem, aproximadamente, 30% de perdas, segundo o Plano Estadual de Recursos Hídricos. Embora o estado possua uma situação boa na relação à disponibilidade e demanda, não está totalmente livre de problemas.  “Grandes concentrações urbanas produzem grandes impactos e exigem demais dos recursos naturais naquela determinada região. Áreas densamente ocupadas, processo de impermeabilização, desmatamentos, ocupação de áreas de preservação permanente são apenas alguns dos problemas a serem combatidos”, salienta Everton Souza, diretor do Instituto das Águas do Paraná.
A  ampliação progressiva da implementação das políticas públicas é um dos únicos caminhos para a gestão e preservação dos recursos hídricos, afirma Everton. “Municípios, estados e governo federal têm responsabilidades na gestão das águas, que inclui gestão da ocupação urbana e desenvolvimento social e econômico. Mudanças climáticas em andamento decorrentes de ciclos e outras, em escalas mais locais, decorrentes de ações antrópicas também determinam situações de eventos críticos, forçando-nos a aprender a conviver e buscar soluções para situações onde podemos ter água demais ou água de menos, como o momento atual”, considera Everton Souza. “No Paraná, a gestão descentralizadada das águas através da participação dos comitês e a eleboração dos planos de bacia hidrográfica, certamente fazem parte da construção de um futuro virutoso para as águas do estado, ressalta Amin Jose Hannoouche, diretor-presidente de Instituto das Águas do Paraná.
 
Fonte: Expressa Comunicação