Encarado pelo mercado como o fiel da balança no leilão da hidrelétrica de Belo Monte, o grupo franco-belga Suez diz que ainda não bateu o martelo sobre sua participação na concorrência. O presidente da Suez no Brasil, Maurício Bahr, afirmou que o grupo está ?debruçado? sobre as informações já liberadas pelo governo, mas ainda vê grandes incertezas no projeto. Na visão do governo, a participação da Suez poderia garantir maior competição ao leilão.
?Estamos estudando o edital, as questões ambientais… Estamos fazendo o dever de casa?, disse Bahr, em conversa com o Estado após cerimônia de lançamento da nova marca da Eletrobrás, na noite de anteontem. Embora haja sinais de que a empresa tenha sido procurada pelos consórcios formados para a disputa, Bahr reforçou que ainda não há acordo com qualquer grupo.
Segundo ele, o principal entrave à participação na obra está nas incertezas geradas pela construção dos canais artificiais no caminho para a casa de força. Bahr preferiu não detalhar o assunto, mas o projeto dos canais já foi criticado por outros especialistas, diante da magnitude da obra e de incertezas geológicas. Cada canal terá 35 quilômetros de extensão, com a escavação de 220 milhões de metros cúbicos de terra e rochas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.