O presidente do Brasil, Michel Temer, discursou segunda-feira (19), na Conferência sobre Refugiados e Migrantes, na sede da ONU, em Nova York. O encontro acontece na véspera da Assembleia Geral das Nações Unidas.
“Há quase 70 anos a Assembleia Geral aprovou uma declaração universal de direitos e que já passou a hora de traduzir esse direito em medidas concretas”, declarou Temer. “O Brasil é um país que se ergueu com a força de milhões de pessoas de todos os continentes. Valorizamos nossa diversidade. Os imigrantes deram – e continuam a dar – contribuição significativa para o nosso desenvolvimento. Mais do que isso, são parte essencial de nossa própria identidade.”, acrescentou.
Para Temer, “somente uma solução negociada de crises políticas e um desenvolvimento podem prevenir o deslocamento forçado”. Ele declarou que os fluxos de refugiados “são o resultado de guerras, de repressão, do extremismo violento – não são a sua origem. As preocupações legítimas dos governos com a segurança de seus cidadãos devem estar em consonância com os direitos inerentes a cada ser humano. Se abrirmos mão da defesa intransigente desses direitos, estaremos abrindo mão de nossa própria humanidade.”
Temer lembra embaixador que salvou judeus
Temer informou ainda que uma nova lei de migrações tramita no Congresso brasileiro. O presidente também falou sobre as primeiras delegações de refugiados que participaram dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro.
Ele também recordou o caso do embaixador Luiz Martins de Souza Dantas, que durante a Segunda Guerra Mundial, concedeu centenas de vistos em Paris para que cidadãos europeus perseguidos pelo nazismo pudessem fugir para o Brasil. O presidente encerrou o discurso dizendo que Souza Dantas “estava à frente de seu tempo” e é disso que o mundo precisa atualmente.
Fonte: As vozes do Mundo (Com informações da Rádio ONU, em Nova York)