Proveniente de óleo vegetal ou gordura animal o biodiesel é uma fonte de energia limpa, renovável e geradora de empregos. Apesar dos argumentos contra a sua produção, cada vez mais cientistas e entidades vêm discutindo e comprovando a sua viabilidade.

 

Recentemente, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizou o estudo “O Biodiesel e a sua contribuição ao desenvolvimento brasileiro” que traçou um panorama inédito sobre o setor, apontando estatísticas já alcançadas, benefícios ao meio ambiente, aplicabilidade, investimentos previstos e futuro na capacidade produtiva da área. O estudo foi apresentado em um encontro com parlamentares do Congresso Nacional promovido pela Frente Parlamentar Ambientalista em parceria com o Grupo de Trabalho de Energias Renováveis e Biocombustíveis e a União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), no dia onze de maio.

 

Em âmbito internacional, A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) vem defendendo os investimentos em biocombustíveis, como o etanol e biodiesel. Segundo declarações feitas em maio deste ano por Heiner Thofern, diretor do projeto de Bioenergia e Segurança Alimentar da FAO, os combustíveis verdes impulsionam a economia agrícola e estimulam a criação de empregos.

 

Ainda assim, os debates contra os biocombustíveis (etanol e biodiesel) ainda se mantêm. Os argumentos contrários incluem a pressão sobre os recursos agrícolas e incentivo ao desmatamento. Porém, a discussão ganhou força com o crescimento no preço dos alimentos, já que a alta poderia ter como causa o uso de terras agrícolas utilizadas para a produção de biocombustíveis.

 

No entanto, não só os resultados do estudo feito pela FGV, mas também as declarações de membros da FAO mostram diversos pontos favoráveis à produção de biodiesel. O argumento é que, se as terras forem administradas com responsabilidade, essas áreas receberão incentivos necessários em infraestrutura agrícola e de transporte.

 

No Brasil, para consolidar e controlar a produção e a comercialização do biodiesel é que, em 2007, foi criada a União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio). Além de ser uma entidade representativa, a Ubrabio vem contribuindo com o governo federal no aperfeiçoamento das políticas públicas e estratégias relacionadas ao Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB). Através da realização de grupos de trabalho, fóruns setoriais, pesquisas e estudos na área de energia e biocombustíveis, a Ubrabio traça novas diretrizes para a utilização de combustíveis verdes, visando contribuições para o meio ambiente e para a humanidade.

 

Mais informações em: www.ubrabio.com.br