Em visita à imprensa no interior do Estado, nos municípios de Ji-Paraná e Presidente Médici, o deputado federal Eduardo Valverde (PT/RO) ao ser questionado por diversos jornalistas sobre o atual momento político e econômico de Rondônia, onde os mega-empreendimentos das Usinas do Madeira têm atraído a atenção do restante do Brasil, da América Latina e, até mesmo, do mundo, manifestou sua convicção de que esta realidade vai impor a exigência de um debate político altamente qualificado por parte das forças políticas.

O deputado, que é presidente estadual do PT e pré-candidato da legenda ao governo, fez uma exposição sobre as principais questões estratégicas do Estado que vive um crescimento econômico e populacional acelerado, onde o governo do Estado, atual e futuro, tem três desafios básicos: dar respostas para o agravamento dos problemas de saúde, educação e segurança; consolidar os investimentos para permitir a continuidade do crescimento após a conclusão das obras das Usinas; e ter um diálogo direto e preferencial com o governo federal.

Valverde ressalta que o crescimento acelerado da população, especialmente na Capital, tem agravado, em muito, os problemas que já haviam na infra-estrutura do Estado, principalmente nas áreas de saúde, piorando qualidade do atendimento nos hospitais, que atende também o Interior; no setor educacional além da qualidade do ensino que não era das melhores, já começa haver problemas de vagas. Quanto à segurança, a população sente na pele o aumento da criminalidade.

No que diz respeito a novos empreendimentos, Valverde acredita que será necessário uma política estratégica que além de atrair novos investidores, dê continuidade ao crescimento após a conclusão das obras das Usinas. Para isso, lembrou ele, serão necessários grandes somas em infra-estrutura, principalmente de transporte, viabilizando Rondônia como porta de entrada e saída para a América Latina e para o mundo, através do pacífico.

Outros dois gargalos que deverão ser tratados com responsabilidade são: a regularização fundiária e o passivo ambiental. Esses problemas serão resolvidos, acredita Eduardo Valverde com diálogo direto e preferencial com o governo federal, a exemplo do que acontece atualmente com a prefeitura de Porto Velho, que se transformou na Capital de maior crescimento da Região Norte e do Brasil.

Para Valverde, o modo tradicional de fazer política baseado unicamente na crítica aos oponentes ou em medidas e atos populistas, como entrega de sementes onde a propaganda e a estrutura mobilizada custam mais do que o próprio benefício ou proselitismo eleitoreiro sobre a PEC da transposição, que só atrapalha os servidores, não serão suficientes para convencer a sociedade sobre qual o melhor caminho político para o Estado.