As emissões mundiais de dióxido de carbono caíram 1,3% em 2009, passando de 31,5 bilhões de toneladas em 2008 para 31,3 bilhões de toneladas, no primeiro declínio anual em uma década, informou o instituto privado alemão da energia renovável IWR, com base em informação oficial e em pesquisas próprias.
Já relatório da Agência Holandesa de Avaliação Ambiental, em julho, havia anunciado que a emissão industrial de gás carbônico no mundo permaneceu inalterada no ano passado.
Segundo a entidade, que fica em Muenster e atua como conselheira de ministérios alemães, a produção de CO2, que provoca aquecimento do clima, diminuiu por causa da crise econômica mundial e do aumento dos investimentos no uso de fontes renováveis de energia para uso na geração de energia, aquecimento e transporte.
Mas o instituto manteve a recomendação feita no ano passado de que os investimentos mundiais em energia renovável deveriam ser quadruplicados, passando a 500 bilhões de euros (US$ 644,2 bilhões) por ano em todo o mundo, para reverter a tendência de descontrole na poluição por CO2.
A entidade alemã divulgou uma tabela listando as emissões de dióxido de carbono em 65 países em 2009 e suas recomendações de investimento, com base em um cálculo próprio de quanto cada país deveria gastar em energia renovável, conforme sua produção, para estabilizar o consumo mundial de combustíveis fósseis.
Os dados têm como referência um cenário de permissões de emissões europeias de carbono com preço fixado em 16 euros a tonelada. O preço atual de mercado para as permissões está em 14,5 euros.
BRASIL ABAIXO NO RANKING
Na tabela, a China aparece como a maior emissora, com 7,42 bilhões de toneladas em 2009, seguida dos Estados Unidos, com 5,95 bilhões de toneladas e Rússia, com 1,53 bilhão de toneladas, logo antes da Índia e seguida pelo Japão.
O Brasil aparece estranhamente apenas na 15ª posição, com 414,7 milhões de toneladas em 2009. O dado é bem inferior ao do Inventário Brasileiro das Emissões e Remoções Antrópicas de Gases do Efeito Estufa de 2009, referente a 2005, que indicou 2,20 bilhões de toneladas.
Comparativo da Folha em 2009 colocava o Brasil na 5a posição –cujas emissões são puxadas especialmente pelo desmatamento e pecuária, assim, fatores não levados tão em consideração pelo instituto alemão.
A estimativa do instituto é que o Brasil precisaria investir US$ 6,6 bilhões em energia renovável.
FSP