“Cingapura é lugar único para quem se inicia em Ásia”. A frase foi dita por um dos passageiros do voo inaugural São Paulo-Cingapura, da Singapore Airlines, no último dia 28. E é, de fato, a que melhor define a viagem.

Uma jornada de 24 horas –sem contar os 70 minutos de espera para a conexão, feita em Barcelon– que termina em uma cidade-Estado intrigante. Um país de maioria chinesa –além de malaios e indianos– que tem no inglês a língua mais falada e cujo trânsito é em mão-inglesa.

Nessa ilhota da extremidade sul da península Malaia, você vai esbarrar em gente do mundo inteiro. Pessoas que resolveram se mudar de mala e cuia para esse novo país, atraídas por seu espantoso e rápido crescimento.
Independente do Reino Unido há 48 anos e separada da Malásia há 46, Cingapura já é um dos dez países mais ricos do planeta e sustenta um dos mais altos PIBs do mundo. Ao lado de Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan, é um dos quatro tigres asiáticos. Mas quer mais.

E mostra isso em nada modestos empreendimentos, que incluem cassinos e cartões-postais de peso.

Casos da Singapore Flyer (a maior roda-gigante do mundo, com 165 metros) e do Marina Bay, projetado por Moshe Safdie, israelense radicado no Canadá. O complexo tem hotel, restaurantes de chefs estrelados, centro de compras e piscina de “borda infinita” no 55º andar.
DISPARADA

Resultado: o turismo não para de crescer em Cingapura. Com um território de 697 km², equivalente a 3% da área de Sergipe (o menor Estado brasileiro), Cingapura recebeu, em 2010, o dobro de turistas recebidos pelo Brasil. Foram 11,6 milhões contra 5,16 milhões de visitantes.

Mas não são só as atrações hi-tech que convidam para Cingapura. Para passeios mais na linha “vida real”, vá às regiões de Chinatown, Arab Street e Little India.

Visitas aos chamados “hawker centers” (centros de camelôs, em português), como o Newton Circus Hawker Center, o Maxwell Road Centre e o Lau Pa Sat, são obrigatórias. Ali, a comida de rua é famosa, boa e barata. Prove o chilli crab, prato de caranguejo cuja receita foi criada em Cingapura nos anos 1950.

Aproveite também para acompanhar a mudança na cena gastronômica local fazendo um roteiro por restaurantes. Nos últimos cinco anos, houve um boom de bons endereços, com chefs bastante jovens –mas com currículos de fazer inveja– no comando dos fogões.

Com técnicas internacionais e ingredientes locais, eles estão fazendo uma verdadeira revolução na cozinha asiática contemporânea.

fonte: Folha de Sp