No terceiro dia da COP17, o tema REDD foi novamente destaque, por grupos pró e contra o mecanismo. O projeto de REDD da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma, é destaque em lançamento do portal Observatório do REDD. Em coletiva à imprensa internacional, a coordenadora do Global Forest Coalision, Simone Lovera, afirmou que “os povos das florestas precisam de apoio de todos os setores e tipos de organização. O que nós não admitimos é que os apoios vindos dos projetos de REDD não respeitem os direitos dos povos indígenas e que proponham a eles uma monocultura”. Ao lado de representantes da Bolívia e Venezuela, Simone questionou sobre “que instituições estão realmente falando pelos povos das florestas?”. Segundo outro coordenador do GFC, Jader Mendoza, “os povos indígenas das florestas têm como ensinar os povos dos países desenvolvidos a viver com menos consumo, sem perder a qualidade de vida”. Afirmando que todos os povos indígenas já são, por gênese ambientalistas, ele chamou atenção para o desrespeito aos direitos fundamentais dos índios. Concluindo, Fiu Elisara, de Samoa, coordenador para a área do Pacífico, disse que “nós rejeitamos muitos modelos de desenvolvimento como o REDD, que esta massacrando nossas vidas”.

 

O outro lado…

A favor do REDD falou ontem (01/12) na COP17, o GTA – Grupo de Trabalhos da Amazônia. “REDD para nós significa o equilíbrio entre os projetos de desenvolvimento sustentável e os desejos de conservação cultural e da identidade dos povos indígenas”, afirmou a brasileira indígena Sonia Guajajaras, coordenadora do GTA, ao lançar o “ Observatório do REDD” , portal que pretende proporcionar a todos os interessados a oportunidade de monitorarem e acompanharem os projetos de REDD. Segundo Josi Aguiar, também do GTA, “no Observatório podem ser inscritos infinitos projetos do mundo inteiro. Já percebemos que os projetos, não importa de onde são, têm os mesmos problemas em todo o mundo, como a regulamentação fundiária, a garantia dos direitos dos povos, entre outros”.

Atualmente o Observatório já possui dois projetos de REDD cadastrados. Um deles é o Juma, da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Governo do Estado do Amazonas (SDS). Este projeto objetiva conter o desmatamento e suas respectivas emissões de gases de efeito estufa em uma área sujeita à grande pressão de uso da terra no Amazonas.

Em setembro de 2008, o Projeto de REDD da RDS do Juma foi o primeiro do mundo a receber a classificação ouro no padrão Clima, Comunidade e Biodiversidade (CCB) e eleito pela Rainforest Alliance como o melhor exemplo de monitoramento e metodologia de avaliação em 2010. Em 2011, a FAS em parceria com o Banco Mundial, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas e a Carbon Decisions International desenvolveram e aprovaram uma nova metodologia para medir as reduções de emissão por “desmatamento não planejado”, contribuindo de forma significativa para consolidar um mercado global de carbono. Em 2012, o Projeto Juma iniciará sua segunda certificação no padrão VCS (Verified Carbon Standard).

Como funciona o projeto

A rede de hotéis Marriott International financia a implementação desse projeto com investimentos anuais de US$ 500 mil durante os quatro primeiros anos, desde 2008, combinando receitas providas de seus hóspedes, convidados a neutralizar as emissões de carbono relativas às suas hospedagens, com US$ 1 por noite. Os recursos a serem obtidos permitirão à FAS, em coordenação com o Governo do Amazonas, executar medidas necessárias ao controle e monitoramento do desmatamento dentro dos limites do projeto e seu entorno, além de reforçar o cumprimento das leis e melhorar as condições de vida das comunidades locais. A implementação do projeto deverá resultar, até 2016, na contenção do desmatamento de 7.799 hectares de floresta tropical, correspondendo a emissão evitada de 3.611.723 toneladas de CO2 e para a atmosfera.

Evento da FAS na COP 17

A FAS está realizando o evento paralelo “Amazon Evening”, em parceria com o Center for International Forestry Research (CIFOR, sigla em inglês para Centro para Pesquisa Florestal Internacional), com o patrocínio do Bradesco.  O evento, que acontece hoje até às 18h (horário de Durban), no Centro de Conferências Suncoast é o segundo realizado pela FAS. O primeiro foi realizado em paralelo com a COP16 em Cancún, em 2010 e foi prestigiado por cerca de 300 participantes internacionais.
 
Os debatedores foram inicialmente provocados com a questão: “Quais são as três principais lições aprendidas para o sucesso da concepção e implementação do REDD+ ?” e, diante de suas respostas o público foi convidado a interagir. “Temos muitas iniciativas com bons resultados que podemos compartilhar com o mundo”, lembra Virgílio Viana, superintendente geral da FAS, que completa “estamos definitivamente contribuindo para mudar o paradigma de desenvolvimento e fazer a floresta valer mais em pé do que derrubada”.


Serviço:
Evento:
Amazon Evening
Local:
Suncoast Conference Center
Data e horário:
02 de dezembro de 2011, das 14h às 18h (horário de Durban)

Sobre a Fundação Amazonas Sustentável (FAS)
A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma instituição sem fins lucrativos, não-governamental e sem vínculos político-partidários, fundada no dia 20 de dezembro de 2007, por meio de uma parceria entre o Governo do Estado do Amazonas e o Banco Bradesco. A missão da FAS é promover o envolvimento sustentável, a conservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das comunidades residentes nas Unidades de Conservação (UCs) do Estado do Amazonas, em uma área de mais de 10 milhões de hectares, por meio da valorização dos serviços e produtos ambientais. A FAS tem como prioridade implementar o Programa Bolsa Floresta (PBF), que é o primeiro projeto do Brasil certificado internacionalmente para recompensar as populações tradicionais pela manutenção dos serviços ambientais prestados pelas florestas. Mais informações pelo site da FAS e nas redes sociais Facebook  e Twitter.

 

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