Já o aquecimento do planeta, além da degradação do solo provocada pela agropecuária, fará com que outras regiões conheçam as piores secas da história, com a morte de rios e lagoas, desertificação de terras e o fim de rebanhos inteiros por sede. Isso resultará em gigantescos deficit de abastecimento das cidades. Os eventos climáticos extremos, como dias de temperatura insuportavelmente alta, acontecerão com frequência cada vez maior.
Essa visão meio apocalíptica, em tom de filme bíblico americano dos anos 50, tem grandes chances de se tornar realidade. Contra todas as advertências, o homem está fazendo o possível para arruinar de vez o burgo que teve a infelicidade de abrigá-lo. É só atentar para certos números revelados há pouco pela ONU.
Em 2050, a população mundial (que hoje é de 7 bilhões) chegará a 9 bilhões, dos quais 6,3 bilhões viverão em cidades (quase o dobro dos 3,5 bilhões atuais). Significa que áreas do tamanho de vários países europeus somados serão desmatadas, urbanizadas e tomadas por automóveis, tendo a bordo uma nova e monumental classe média faminta de consumo, produtora de lixo e cega para as consequências de sua fúria predatória.
As alternativas para que isso não aconteça serão ouvidas na Rio+20, brevemente em cartaz.