Sob regência de Mônica Giardini, grupo apresenta obras de Frank Ticheli, Alfred Reed, Antonín Dvorák e Kurt Weill em apresentação dia 14 de outubro, domingo, às 18 horas, no Sesc Santos

A Banda Sinfônica Jovem do Estado, grupo ligado à EMESP Tom Jobim, escola do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, realiza concerto dia 14 de outubro, domingo, às 18 horas, no Sesc Santos. A apresentação, que traz obras de americanos e imigrantes, conta com a participação especial do violinista Martin Tuksa, professor da EMESP Tom Jobim e músico da Camerata Aberta.

 

O repertório tem início com Vesuvius, de Frank Ticheli. Morador de Los Angeles, ele conta que “tinha em mente uma dança selvagem e apaixonada, como poderia ter acontecido em um bacanal da Roma Antiga. Durante o processo de composição, comecei a visualizar algo mais explosivo e ardente. Com seus ritmos propulsores, modos exóticos e citações do Dies Irae da Missa de Réquiem medieval, tornou-se evidente que o bacanal que eu estava escrevendo podia representar a dança dos dias finais da cidade condenada de Pompeia”.

 

Em seguida, será interpretada Serenade, do tcheco Antonín Dvorák. O compositor, que passou três anos de sua vida (1892-5) nos EUA, como professor do Conservatório Nacional de Música, em Nova York, traz uma peça orquestrada para sopros, violoncelo e contrabaixo, baseada em danças eslavas.

 

De Kurt Weill, judeu que na década de 1930 fugiu do nazismo para se refugiar nos EUA, onde se tornou um bem-sucedido autor de musicais da Broadway, será interpretada Concerto para Violino e Sopros, com solo do violinista Martin Tuksa. A peça se destaca pela instrumentação peculiar: sopros, percussão e contrabaixo acompanham o instrumento solista, cuja escrita virtuosística se move em um ambiente geral de modernismo burlesco.

 

Completa o programa Sinfonia nº 3, de Alfred Reed, norte-americano dedicado ao universo das bandas, que é terceira de suas cinco sinfonias para banda sinfônica. Na obra, destaque para o segundo movimento: variações sobre um tema que Richard Wagner (1813-1883) escreveu em 1882, na Piazza dei Porazzi, em Palermo (Sicília), e que por isso ficou conhecido como “Tema Porazzi”.