IMG_1462-1024x768A edificação com o uso de contêineres marítimos proporciona o reaproveitamento do objeto, a diminuição de resíduos da construção civil e economia de até 30% no custo total da obra

Projetar uma obra inovadora e, ao mesmo tempo, reduzir a geração de entulhos da construção civil, o tempo de edificação e reaproveitar materiais que já foram utilizados para sua finalidade inicial. Essas são algumas das possibilidades apresentadas pela construção civil com contêineres, uma alternativa construtiva que agora também é aplicada em residências na cidade de Toledo. “Por mais que esse tipo de tecnologia construtiva já exista em outros lugares, na região é algo novo e que, apesar das vantagens, ainda é um investimento feito por poucas pessoas”, expõe Carlos Eduardo Salamanca, arquiteto e urbanista.
Salamanca, que projeta a obra localizada próxima ao centro da cidade, explica que um dos principais benefícios de usar o container é a redução da quantidade de entulho gerado durante a obra, que torna a construção mais limpa e emprega menos recursos naturais. “Além de ser resistente e fácil de manipular, o container – que ainda vai suportar cerca de 90 anos na obra –apresenta uma mobilidade de mesclagem na edificação para criar novos espaços na casa”, revela.

Adaptações
Além de projetar a obra, o arquiteto tem o papel de apresentar soluções práticas às adversidades que surgem na obra ao cliente. No caso dos contêineres, uma das principais adaptações devem ser feitas para melhorar o aspecto térmico, devido à grande retenção do calor pelo objeto metálico. “Esta preocupação é comum, porém, por meio de um estudo de terreno e do clima local, é possível encontrar alternativas naturais, como a circulação cruzada de ar pelo desenho das janelas, ou de tecnologias como: gesso acartonado, lã de pet, lã de rocha ou de vidro”,

Economia na obra
Mais do que o caráter ambiental, o projeto representa uma economia de aproximadamente 30% para o investidor quando comparado a uma construção convencional. Em Toledo, a casa terá aproximadamente 185 metros quadrados e absorverá um custo total de aproximadamente R$ 900,00 o metro quadrado. “Se fosse em uma obra convencional, este valor seria de R$ 1.250,00 em média”, finaliza Salamanca.

Sobre Carlos Eduardo Salamanca
Formado em Arquitetura e Urbanismo em 2010 pela Faculdade Assis Gurgacz (FAG), Carlos Eduardo Salamanca atua com foco em projetos de incorporação imobiliária. Além de residenciais, as obras também atendem clientes comerciais, com empreendimentos que compreendem as mais diversas escalas. Desde 2011 coordena as atividades na Salamanca Arquitetura Ltda, com sede no município de Toledo e colaboradores em Cascavel e São Paulo.