Paulo André Vieira

Ilhas sempre povoaram o imaginário da humanidade. Em algum canto de alguma ilha deserta um x marca o lugar onde está enterrado o tesouro de um terrível pirata. Tribos de canibais desconhecidos aguardam os petiscos sobreviventes de um naufrágio. Gorilas gigantes sonham com donzelas em apuros. As imagens de satélite deixam as ilhas um pouco menos fantásticas, mas servem para que conheçamos todas as verdadeiras maravilhas e problemas desses pequenos (ou grandes) pedaços de terra cercados de água por todos os lados.

Veja a seguir imagens de algumas ilhas divulgadas pelo Observatório da Terra, cuja missão é compartilhar com o público as imagens, histórias e descobertas sobre o clima e o ambiente que surgem a partir de pesquisas da NASA.


Um grande período de seca nas ilhas Madeira causou uma série de incêndios florestais, que podiam ser observados do espaço no dia 19 de julho de 2012. Dois dias depois focos de incêndio já podiam ser vistos também em Porto Santos.


A Ilha Pinta, em Galápagos, representa menos de 1% da área do arquipélago, mas abriga quase um terço de suas plantas terrestres. O círculo verde mais claro que circunda vulcão é uma esparsa floresta e pastagens mais adaptadas às condições secas ao nível do mar no Pacífico oriental. O verde escuro, mais perto do pico da cratera, é uma região mais densa de vegetação, que cresce graças à umidade e o clima mais frio das altitudes mais elevadas. Pinta acolhe 180 grupos taxonômicos de plantas. Destes, 59 são encontradas apenas em Galápagos.


As pequenas erupções vulcânicas na ilha italiana de Stromboli são tão frequentes que dão o nome a um tipo de atividade vulcânica: as erupções strombolianas. Elas são caracterizados pela explosão intermitente de lava basáltica a partir de uma única cratera. Cada episódio é causado pela liberação de gases vulcânicos, e eles tipicamente ocorrem com intervalos de poucos minutos, mais ou menos. Os fragmentos de lava geralmente consistem de bombas vulcânicas parcialmente fundidas que se tornam arredondadas enquanto voam pelo ar.


Uma nuvem de cinzas sobe da ilha de Pulau Komba, na Indonésia, em agosto de 2012. Desde 2006 uma série de pequenas erupções strombolianas podem ser observadas na ilha. A encosta leste da ilha é mantida livre de vegetação por essas frequentes erupções.


O leito sob a Baía de Chesapeake, nos EUA, está afundando, enquanto os níveis do mar estão subindo. Várias ilhas estão diminuindo de tamanho e muitas já desapareceram totalmente, mas um projeto de recuperação salvou a ilha de Poplar deste destino. Em 1997 ela tinha menos de 1 km2, mas engenheiros do exército começaram a restaurar a ilha usando o material dragado das rotas de navegação da baía. Em 2011 a ilha já tinha mais de 4 km2 e podia novamente servir de refúgio para aves e tartarugas.


O Taiti é parte de uma cadeia vulcânica formada pelo movimento noroeste da Placa do Pacífico. Ele é composto por dois velhos vulcões, o Tahiti-Nui, no noroeste, e o Tahiti-Iti, no sudeste. As duas ilhas são ligadas por uma estreita faixa de terra. No século 18 o naturalista Joseph Banks coletou mais de 1300 novas espécies de plantas em uma expedição que passou pelo Taiti.


As ilhas Lakshadweep estão localizadas a 200 quilômetros da costa da Índia. São ao todo 27 ilhas, entre atóis de coral e bancos de areia. Reluzentes praias de areia branca cercam as ilhas, e a visão paradisíaca é reforçada pela grandes quantidade de coqueiros. Mas por estarem apenas alguns metros acima do nível do mar, e terem um solo muito poroso, não é possível a formação de lagos e rios.


Maiorca é um popular destino de férias para os europeus, com o turismo contribuindo para uma parte importante da economia da ilha. Os 5.400 km2 da ilha oferecem muitas oportunidades de lazer, com regiões montanhosas ao longo da costa noroeste. A região central de Maiorca inclui terras agrícolas, florestas, e centros urbanos. O mergulho é uma atividade popular para aqueles que visitam o litoral.


As partes ocidental e central da ilha de Creta parecem estar banhadas em prata nesta fotografia feita por um astronauta na Estação Espacial Internacional. Este fenômeno é conhecido como ‘sunglint’, causado pela reflexão da luz da superfície do mar na direção do observador.

Fonte: Site O Eco