Uma série de ações governamentais são realizadas para proteger e conservar as florestas do País – que ocupam mais de 516 milhões de hectares e colocam o Brasil como segundo com a maior área florestal do mundo -, mas cada cidadão também pode ajudar a valorizar a riqueza florestal daqui.

Em palestra na Semana do Meio Ambiente na quinta-feira (2/6), a coordenadora de Integração de Informação do Serviço Florestal, Cláudia Rosa, enumerou algumas. “As pessoas devem ficar atentas à origem da madeira que compram, para saber se teve origem legal e sustentável. Cada um pode ajudar nessa mudança”, afirma.

O mercado interno, ao contrário se poderia imaginar, é o maior consumidor de madeira nativa da Amazônia. Nada menos que 79% dos 14 milhões de metros cúbicos produzidos na região em 2009 destinaram-se ao consumo no próprio País. O Distrito Federal, caso fosse um município, seria o quarto na lista dos que mais consomem madeira serrada. Entre 2007 e 2009 foram 174 mil metros cúbicos.

Outras formas de a população contribuir com as florestas são evitar incêndios, valorizar os produtos da sociobiodiversidade (aqueles gerados a partir de recursos da floresta em cadeias produtivas de interesse dos povos e comunidades tradicionais e de agricultores familiares), promover a cultura de respeito às florestas e participar de reuniões de conselhos ambientais.

A professora aposentada Consuelo de Monte Rosa, moradora do Núcleo Rural Jerivá, no Lago Norte, dá o exemplo. “Participo ativamente da preservação das matas e córregos e luto há 40 anos pela proteção ambiental”, afirma.

Admiradora do Cerrado, a professora sugere às pessoas plantar árvores e avisar os órgãos públicos sobre desmatamentos ilegais no bioma. O Cerrado é considerado uma floresta “de cabeça para baixo” por estocar, proporcionalmente, mais carbono no solo que os outros biomas e responder por 20% da biomassa subterrânea.

A manutenção das florestas contribui para a conservação da biodiversidade, regulação do clima e proteção dos rios e de mananciais, entre outros serviços ambientais. Mas além dos aspectos ambientais e econômicos, também tem função recreativa e contemplativa. “Uma paisagem com verde, com matas, traz bem estar”, afirma Cláudia Rosa.

Fonte: Serviço Florestal Brasileiro