O etanol brasileiro ganhou um grande aliado nos EUA, o ambientalista e ex-vice presidente americano Al Gore. Em seu novo livro “Our Choice”, Gore admite que errou ao defender, no fim dos anos 70, a produção do etanol a partir do milho, que hoje considera ineficiente. “A produção de etanol a partir da cana no Brasil, com abundância de luz solar e chuva, é mais eficiente e ambientalmente responsável.”

O autor de “Uma Verdade Inconveniente” e covencedor do Nobel da Paz em 2007 segue com elogios ao Proálcool e aos motores flex e cita outras vantagens do etanol de cana, tais como o fato de que a cana usa menos fertilizantes na plantação, produz mais biomassa por hectare e que o bagaço da cana pode ser usado como combustível no processo de produção.

Gore termina o elogio ao etanol de cana reclamando das altas tarifas impostas pelos EUA para a importação do produto brasileiro. Quem não gostou foi a Associação de Combustíveis Renováveis dos EUA (RFA), que há duas semanas escreveu longa carta a Gore dizendo que os dados apresentados no livro sobre a indústria americana de etanol estão errados ou desatualizados.

Folha de São Paulo