A coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica, Márcia Hirota, afirmou nesta quarta-feira durante coletiva, sobre o desflorestamento no País, que “a obra (Rodoanel) é como um desenvolvimento a qualquer preço”. Segundo ela, a construção do trecho sul da obra viária “só contribui para o fim da Mata Atlântica”, por conta da expansão imobiliária e aumento do tráfego na região. A ambientalista afirmou que “a cultura de degradação do Brasil” precisa mudar.

Apesar de o estudo Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), não colocar o Estado de São Paulo na lista dos que mais desmatam, para Mário Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação, “qualquer projeto que não prevê transporte coletivo é ruim”. Segundo ele, obras como Rodoanel costumam ser caras e apresentam poucos resultados para a maior parte da população.

Mantovani afirmou que o modelo de ocupação das ruas paulistanas está errado e, por isso, “São Paulo já está bebendo esgoto reciclado”. Entre 2008 e 2010 foi registrada a perda de cerca de 700 hectares de Mata Atlântica na região, segundo o estudo.
O ambientalista disse que, para a cidade, “cada metro de área verde” é uma garantia de vida e saúde. “Evitar a degradação é evitar o custo (da destruição da natureza) para a sociedade”, disse ele.

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