A gigante do petróleo BP anunciou neste domingo que o vazamento de petróleo que provocou a gigantesca maré negra no golfo do México continua controlado pelo terceiro dia consecutivo. A empresa, contudo, ainda reluta em mostrar grande otimismo e ressalta que o tampão colocado no poço não é uma solução de longo prazo.

“O poço de petróleo está selado e a pressão cresce lentamente, o que é um bom sinal”, declarou neste domingo o diretor de operações da BP, Doug Suttles, durante uma teleconferência.

Nesta quinta-feira, a empresa conseguiu fechar o poço no golfo pela primeira vez desde o início do vazamento de óleo, causado por uma explosão em 20 de abril, que se transformou no pior desastre ambiental dos Estados Unidos.

O teste de pressão tem a intenção de mostrar se a explosão danificou os dutos e o cimento dentro do poço, que pode fazer petróleo e gás natural vazarem pelos lados e possivelmente abrir fendas no solo oceânico.

“Há dois dias, os resultados são animadores”, disse Suttles, acrescentando que, se tudo continuar assim, a BP pretende seguir adiante par a última etapa de selamento definitivo do vazamento.

O resultado do teste deve mostrar se um novo tampão instalado em 12 de julho acima do vazamento pode manter todo o fluxo de petróleo fechado por longos períodos de tempo, ou se uma possível fenda forçará a BP a retomar a passagem do produto para os seus navios na superfície até que um poço de ajuda consiga interceptar o que está problemático e estancar o vazamento em meados de agosto.

Para a fase final, a petroleira britânica prevê a injeção de uma mistura de lodo pesado e concreto que fechará definitivamente o poço avariado.

Nesta sexta-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o selamento do poço de petróleo é uma medida de curto prazo e que, embora a notícia seja bem-vinda, ele está concentrado nas operações de longo prazo, que envolvem a perfuração de poços laterais adicionais.

FSP