A companhia petrolífera BP vai prolongar o período de provas no poço estragado no golfo do México depois que se encerraram as 48 horas inicialmente previstas para esses exames, indicou neste sábado o porta-voz da empresa, Mark Salt.

No entanto, o porta-voz disse que não há sinais de que exista nenhuma fuga e a pressão no poço continua aumentando gradualmente, como estava previsto.

“Continuaremos as provas durante períodos de seis horas cada um. Caso aconteça alguma mudança, a anunciaremos”, explicou Salt.

O coordenador federal da luta contra o vazamento de petróleo no golfo, o almirante Thad Allen, será o encarregado de decidir quando as provas irão terminar, acrescentou o porta-voz.

Os exames buscam determinar se a estrutura do poço está em boas condições ou se há alguma fissura não detectada pela qual vaze o petróleo.

A princípio as provas deveriam ter sido concluídas às 15h25 local (16h25, Brasília).

Kent Wells, o vice-presidente da BP, a empresa responsável pelo vazamento, já tinha apontado hoje a possibilidade de que esse período de provas se estendesse.

“Sempre tivemos previsto que sob certas circunstâncias o ensaio poderia se prolongar”, explicou Wells, que acrescentou: “Quanto mais durar esta prova, mais confiança teremos em seus resultados”.

A pressão esta manhã era de 6.745 PSI (472 quilos por centímetro quadrado), ligeiramente superior a detectada na sexta-feira, quando chegava aos 6.700 PSI (471 quilos por centímetro quadrado).

Esse número se encontra abaixo do que os especialistas esperavam, 7.500 PSI (526 quilos), mas acima dos 5.000 PSI (351 quilos por centímetro quadrado) que acabariam com as dúvidas da existência de um vazamento.

FSP