O presidente da Chevron para África e América do Sul, Ali Moshiri, afirmou nesta quinta-feira que a unidade da petroleira no Brasil tem um dos melhores índices de segurança, mas que é difícil lidar com a geologia da região onde aconteceu o vazamento.

“Lidamos com a mãe natureza, e a mãe natureza é complicada”, disse Ali Moshiri, durante coletiva à imprensa depois de reunião com o ministro Edison Lobão (Minas e Energia).

Segundo Moshiri, houve um bom controle do problema, pela complexidade da geologia, e agora há menos de um décimo de barril depositado no mar. De acordo com ele, o vazamento está sob controle.

O executivo afirmou ainda que a vedação completa do poço onde houve o acidente, no campo de Frade, será concluída em meados de dezembro. Ele quis reforçar que a prioridade da empresa é a segurança.

Moshiri afirmou que vai analisar as multas aplicadas pelo governo brasileiro, mas que vai seguir as regulamentações brasileiras. “Sempre respeitamos as decisões de qualquer governo”, disse.

“Somos pacientes e vamos parar de perfurar, a prioridade é segurança”, afirmou.

PORTAS ABERTAS

O ministro Edison Lobão afirmou que Moshiri defendeu a Chevron como inocente durante a reunião. Segundo ele, pela resolução da ANP (Agência Nacional do Petróleo), a petroleira americana está proibida de perfurar novos poços, mas que os que ela já explora continuarão em atividade.

Lobão comentou sobre a atuação de empresas estrangeiras no país: “Brasil tem portas abertas ao capital estrangeiro, mas o Brasil tem regras, respeita contratos mas exige o respeito de suas regras internas”, afirmou.

fonte: folha de sp