Cingapura inaugurou no sábado (13) seu primeiro cassino, situado na ilha artificial de Sentosa, que faz parte de um plano multimilionário para transformar a indústria turística da cidade-Estado.

Às 12h18 locais (2h18 de Brasília), uma mulher foi a primeira pessoa a entrar no complexo, que abriu suas portas a esta hora exata do primeiro dia do Ano do Tigre no calendário lunar chinês por superstição –pronunciados de forma seguida, os números 12 e 18 soam de forma muito similar à palavra “prosperidade” em mandarim.

Depois da mulher, cerca de 200 turistas entraram no moderno salão de jogos do Resorts World Sentosa, propriedade do conglomerado malaio Genting.

O grupo investiu US$ 4,4 bilhões no enorme recinto de 49 hectares, que conta com quatro hotéis de cinco estrelas.

O complexo também vai ter, em breve, o primeiro parque temático da Universal Studios no Sudeste Asiático, que esta noite abrirá suas portas a um seleto grupo de cingapurianos como teste.

Concorrente
O empreendimento terá concorrência em breve. A empresa americana Las Vegas Sands deve inaugurar em abril o Marina Bay Sands, que custou US$ 5,5 bilhões e será o segundo cassino da cidade-Estado.

As autoridades de Cingapura esperam que os dois centros de lazer ajudem o país a conseguir seu objetivo de atrair antes de 2015 cerca de 17 milhões de turistas anuais, que gerarão receitas superiores a US$ 21 bilhões.

O governo quer impulsionar o setor turístico para deixar de depender tanto dos serviços e das manufaturas, tradicionais motores da economia.

Espera-se que os cassinos aumentem em 1% o Produto Interno Bruto (PIB) e gerem até 35 mil novos postos de trabalho.

No entanto, alguns cingapurianos rejeitam a liberação do jogo, pois põe em perigo os valores morais paternalistas da conservadora sociedade, e poderia transformar o pequeno país em um centro de lavagem de dinheiro.

Como “garantia social”, cada cingapuriano terá de pagar US$ 70 por dia para entrar nos cassinos.

Agência EFE