Regulamentação dageração distribuída, incentivos governamentais, queda dos preços dosequipamentos e custo elevado da energia abrem caminho para a geraçãofotovoltaica.

 

São Paulo, agosto de 2012 – A capital paulista será sede da ConferênciaInternacional “O Futuro Solar Brasil”, que ocorre dia 20 de setembro, noBourbon Convention Center Ibirapuera. Promovido pela Solarplaza, empresa holandesa com foco em missões empresariais econferências sobre energia solar fotovoltaica, o evento irá reunir cerca de 100empresários e especialistas do setor da Europa, EUA, Índia, China e Brasil paradebater os avanços da energia solar fotovoltaica no mercado brasileiro einternacional.

 

Segundoo Estudo REN21 (Renewable Energy Policy Network), a capacidade instaladano mundo de geração de energia a partir de fonte solar saltou de 40GW para 70GWem 2011. No Brasil, a capacidade instalada é de 20MW, mas deve crescerrapidamente a partir de 2013. “A energia solar fotovoltaica não é mais umapromessa, mas uma realidade. Ela já é utilizada no Brasil no Programa Luz paraTodos em áreas rurais isoladas, em uma usina solar no Ceará e faz parte doprojeto de estádios da Copa do Mundo como o Minerão eo Maracanã”, afirma Edwin Koot, CEO da SolarPlaza.

 

Ogrande “boom”, porém, é esperado para 2013, quando devem entrar em vigor asnovas regras da ANEEL para Micro e Mini Geração Distribuída. A partir daí, osconsumidores de eletricidade (pessoas físicas ou jurídicas) poderão gerar suaprópria energia, utilizando geradores que trabalham junto com a rede dedistribuição, em um sistema que permitirá a troca de energia. “A energiafotovoltaica é a que melhor se encaixa neste sistema, uma vez que aproveitatelhados e coberturas de edificações em geral e o Brasil tem uma grandeincidência de irradiação solar”, ressalta o CEO da Solarplaza. Nestasistemática, o módulo solar capta a energia durante o dia, jogando o excedentepara a rede. No período da noite, o consumidor utiliza a energia da rede. Oexcedente vira um crédito que é descontado da conta de luz do consumidor, quetem até três anos para utilizá-lo.

 

Emparalelo, enquanto os custos das tarifas elétricas vem subindo, o valor dasinstalações de sistemas fotovoltaicos vem caindo ano a ano, ainda mais agoraque os Países desenvolvidos (que tradicionalmente investem mais neste setor)vem passando por dificuldades. No Brasil, estima-se que o custo da energiasolar fotovoltaico esteja entre R$ 300/MWh a R$ 400/MWh, valor já inferior aoque consumidores residenciais pagam em estados como Ceará, Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Maranhão que tem alta incidência de irradiação solar. Neste cenário,espera-se uma onda de investimentos em geração distribuída no país de R$ 15 aR$ 49 Bilhões até 2030, conforme as medidas adicionais de incentivo que ogoverno venha a adotar ou não (segundo dados da consultoria Kema).

 

“Projetose iniciativas não param de surgir. A chamada da ANEEL para projetos de pesquisae desenvolvimento no setor atraiu 97 empresas, sendo 18 propostas aprovadas, totalizando 24,5MW e com um investimento total dequase R$ 400 milhões. Em agosto, deve ocorrer também o primeiro leilão nomercado aberto dedicado exclusivamente à compra de energiasolar fotovoltaico. Um verdadeiro marco”,afirma Edwin Koot.