São Paulo – O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,36%, cotado a R$ 1,687 no mercado interbancário de câmbio. Na última sexta-feira, a moeda americana havia fechado a R$ 1,681. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), a moeda norte-americana negociada à vista começou o pregão a R$ 1,6855, alta de 0,33% em relação a sexta-feira.
Os mercados continuam temendo uma moratória da dívida da Grécia e colocam essa possibilidade nos preços, com perdas acentuadas para os ativos de risco, desde a semana passada. O euro saiu de valores entre US$ 1,44 e US$ 1,45 no fim de agosto e estava a US$ 1,3663 hoje no mercado internacional de moedas, depois de já ter batido a mínima de US$ 1,3495 hoje mais cedo.
Diante dessas tensões internacionais, operadores do mercado de câmbio brasileiro acreditam que o real começa mais uma semana se enfraquecendo em relação ao dólar. O mesmo ocorre com outras moedas emergentes: os dólares canadense e australiano, por exemplo, subiam 0,12% e 0,69%, respectivamente, nesta manhã ante o dólar.
“O motivo do nervosismo é novamente o medo da Grécia dar um calote na dívida e, além disso, há boatos de problemas na França”, ressalta o operador da Interbolsa Brasil, Ovídio Pinho Soares. Outro profissional da mesa de um grande banco acrescentou que o mercado comenta o possível rebaixamento da nota de crédito de bancos europeus. Trata-se de comentários sobre uma possível decisão da agência de classificação de risco Moody’s, que poderia estar preparando o rebaixamento de três bancos franceses.
No Brasil, pelas estimativas captadas na pesquisa Focus, pelo menos por enquanto os analistas não apostam que a deterioração do mercado de câmbio, que acompanha o desarranjo que a crise internacional está provocando nas moedas, seja duradoura. De acordo com o levantamento divulgado nesta manhã pelo Banco Central, a mediana das previsões para o dólar no fim de 2012 continua em R$ 1,65, pela sétima semana consecutiva. Para a taxa de câmbio no fim de 2011, a estimativa manteve-se em R$ 1,60por dólar pela 13ª semana seguida.
fonte: VEJA