Ministros das finanças dos países do G20 discutem os meios para garantir crescimento econômico sem destruir o meio ambiente

 

É preciso deixar para trás modelos econômicos que degradam o meio ambiente e substituí-los por novos parâmetros de economia verde e inclusiva. Este foi o posicionamento unânime dos ministros das finanças dos países membros do G20 em seminário realizado nesta quinta-feira durante a Rio+20, no Riocentro.

Presididos pelo Ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, os ministros apontaram as estratégias que já são desenvolvidas em seus países e falaram sobre as principais dificuldades enfrentadas localmente. Os participantes também discutiram novas possibilidades de aliar a preservação do meio ambiente à redução da pobreza e ao crescimento econômico sustentável.

“Os governos estão dando importância crescente à questão ambiental e estão dispostos a investir cada vez mais recursos nisso. Porém, a defesa do meio ambiente ainda tem um custo financeiro alto no curto prazo, o que é um problema. Precisamos entender que devemos pensar no longo prazo e garantir o bem-estar das gerações futuras”, defendeu Mantega.

O Diretor Executivo do Banco Mundial, Mahmoud Mohieldin, ressaltou que, nos últimos 20 anos, os meios tradicionais de crescimento econômico permitiram que 160 milhões de pessoas saíssem da pobreza, mas trouxeram impactos dramáticos para o planeta. Por isso, é preciso buscar novas alternativas. “O crescimento, daqui para frente, deve ser inclusivo. Temos estudos que comprovam que, para cada US$ 1 investido em projetos de economia verde, US$ 2 a US$ 3 podem ser gerados. Precisamos de um compromisso global que oriente o crescimento nesse sentido”, afirmou.

Um ponto que ganhou destaque foi a necessidade da redução dos subsídios, especialmente aqueles voltados para os combustíveis fósseis. Os ministros de finanças das 20 maiores economias do mundo defenderam que essa redução é essencial para o sucesso da implementação de uma economia verde e inclusiva. “Os países que mais se beneficiam deste tipo de subsídio são os ricos. Isso significa dizer que não ocorre uma redistribuição da renda, o que piora a situação nos países mais pobres. Este é um padrão insustentável para o futuro”, explicou o Ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Villy Sondal.

Outra proposta defendida pelos participantes do seminário foi a criação de impostos para indústrias e produtos que contribuem para a degradação ambiental.  Para o Secretário-Geral da Organização para a Cooperação e desenvolvimento Econômico (OCDE), Jose Angel, é preciso combater o carbono, um dos piores vilões ambientais. “A Rio+20 nos dá outra chance de acertar. Vamos agarrar essa oportunidade e buscar uma saída para os problemas mais graves”, finalizou.

 

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