O terceiro painel da Conferência Internacional Ethos 2008 – “Gestão das Finanças para o Desenvolvimento Sustentável” –  debateu as iniciativas do sistema financeiro como formas de influenciar o desenvolvimento de um mercado socialmente responsável. Os participantes encarregados do tema discutiram vários assuntos socioeconômicos relativos ao assunto, abordando também a questão do investimento socialmente responsável – processo que combina a análise das questões ambientais, sociais, econômicas e de governança corporativa com a análise financeira tradicional, maximizando o retorno para os investidores. Vale lembrar que o investidor socialmente responsável é aquele que toma decisões baseado em critérios que consideram as práticas de responsabilidade sócio-ambiental das empresas. Uma das formas de realizar esse tipo de investimento é aplicar em fundos de ações de empresas com práticas diferenciadas, que englobam Governança Corporativa, práticas sociais e de gestão ambiental.

De acordo com Antonio Jacinto Matias, vice-presidente da Fundação Itaú Social, apesar de ainda não ser um fenômeno de massa, no Brasil, já existe uma demanda de clientes que optam por investimentos socialmente responsáveis. “Pessoas físicas em geral, com renda média e alta e com alta escolaridade estão se tornando mais engajadas na compreensão da importância da responsabilidade social”, afirma.

Para John Elkington, presidente da Sustainability (consultoria que oferece conselhos e apoio prático sobre implementação de estratégias de sustentabilidade corporativa, com escritórios em Londres, Washington, Nova Iorque e Zurique), os investimentos em serviços ligados a meio ambiente e ecologia têm um futuro promissor: “os jovens empreendedores americanos já começaram a desenvolver negócios na área ambiental, ação que tem tudo para ser uma tendência mundial em alguns anos”, enfatiza Elkington.

Revista Ecoturismo