Em setembro, chegam a Curitiba (PR) doze ônibus articulados (veículos duplos com estruturas unidas por uma “sanfona”) que marcam o início de mais uma experiência da Administração Municipal no sentido de implantar no transporte urbano combustíveis alternativos ao diesel.

Esses ônibus (seis da Volvo, seis da Scania) vão rodar movidos a biodiesel feito com óleo de fritura usado. O processo de beneficiamento do produto – resumidamente, filtragem e esterificação – terá de observar especificações européias, uma exigência das montadoras para garantir que não haja prejuízo aos componentes do motor.

Os doze veículos movidos a B100 – tecnicamente, como se denomina o combustível – vão demandar cerca de dois mil litros de óleo de fritura por dia.  A oferta deste, a princípio um resíduo de alto potencial poluente, é estimada em 800 mil litros/mês, portanto suficiente para essa investida inicial.

A proposta é que uma empresa já em operação na cidade faça a coleta, numa logística que incluirá condomínios, restaurantes e comunidades.  Os doze ônibus compõem dois terços da frota inicial a circular pela chamada Linha Verde, o sexto corredor de transporte urbano de Curitiba, cuja primeira etapa está prevista para entrega em outubro próximo, num investimento de R$ 121 milhões.

Revista Ecoturismo