Em recente avaliação, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), avaliou o impacto de problemas ambientais nas atividades agrícola, pecuária e pesca, chegando a conclusão de que a pesca é a que mais sofre com danos ambientais no país. Os dados mais alarmantes estão na região Norte, onde 39,2% dos municípios daquela região apontaram redução da quantidade e diversidade de peixes como conseqüência de problemas ambientais. A maior parte dos 522 municípios que não registraram problemas ambientais fica em Estados do centro-sul, como Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, mas predominam os de pequena população. Entre as cidades com mais de 500 mil habitantes, apenas Porto Alegre (RS) informou não ter enfrentado conseqüências ambientais de grande impacto.

Visando combater o problema, a Secretaria de Meio Ambiente de Marabá (Semma), no sudeste do Pará, reforçou com 30 agentes e pilotos de embarcações o combate à pesca ilegal, feita principalmente no período de reprodução dos peixes, a piracema. Com isso, já houve um significativo resultado: queda de 40% na atividade ilegal e apreensão de 15 toneladas de peixes, a maioria filhotes, que seriam vendidos em comunidades pobres da região. Outros 10 mil metros de redes de pesca foram apreendidos. De acordo com a pesquisa de informações básicas municipais do IBGE, a Semma tem recursos, pessoal e disposição para combater problemas ambientais, mas esbarra na falta de estrutura dos 38 municípios da região.

Revista Ecoturismo