O Presidente Nelson de Abreu Pinto fez uma análise da atual conjuntura da CNTur, seus avanços e conquistas e disse da importância da aprovação do Sistema S do Turismo, com a criação do SESTUR – Serviço Social do Turismo e do SENATUR – Serviço Nacional de Aprendizagem do Turismo, prevista no PLS 174 de autoria do Senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), em trâmite no Senado Federal.

No entanto salientou que enquanto essa estrutura não vem, a CNTur firmou convênios e termos de parceria para suprir a ausência desses serviços, criando a Rede Brasil de Qualificação, presidida pelo Prof. Mário Beni, e a Rede Brasil de Desenvolvimento Social, presidida por Charles Doto. O objetivo é melhorar a qualidade dos serviços turísticos e preparar o setor para o receptivo da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, com a qualificação e requalificação de mão-de-obra especializada e gestores para o turismo.

Assinou ainda termo de cooperação com a CBC – Confederação Brasileira de Clubes, para a freqüência e lazer dos empresários e trabalhadores do turismo em 800 clubes nos estados da Federação, mas para a preparação de novos atletas para as Olimpíadas de 2016.

Linhas de crédito
O principal palestrante do II FÓRUM CNTur foi Luigi Nese, Presidente do CODEFAT – Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador e Presidente da Confederação Nacional de Serviços. Anunciou a disponibilidade na rede bancária oficial, de linhas de financiamento com recursos do FAT para reforma, modernização e equipamentos às pequenas empresas de turismo o que representa recente conquista junto ao CODEFAT. “A principal resolução aprovada – disse Luigi Nesse – é de R$ 200 milhões em crédito para o turismo”.Visa potencializar o setor, preparando-o para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Existem outros créditos como o de R$ 520 milhões para a infra-estrutura turística e mais R$ 90 milhões para a modernização das empresas do setor. Basta os empresários se cadastrarem para esses programas.

Segundo Luigi Nesse, os interessados devem procurar os Banco do Brasil e Caixa Econômica e indagarem sobre essas linhas de crédito, pois existe uma certa má vontade dos bancos em oferecer esse benefício, já que não lhes representa lucros. Salientou que, em comum acordo com Nelson de Abreu Pinto, está formatando proposta para liberação de crédito de R$ 1 bilhão, para aquisição de sedes próprias às empresas de turismo, gastronomia e recreação.

Frentes Parlamentares
Durante o evento, um importante acordo foi selado entre a CNTur com a deputada Célia Leão, Presidente da Frente Parlamentar do Turismo na Assembléia Legislativa de São Paulo. Nelson de Abreu Pinto salientou – “Gostaria que a deputada nos ajudasse nas questões referentes às gorjetas e também no incentivo à criação de novas Frentes Parlamentares voltadas à defesa do turismo nos demais estados brasileiros”.

A deputada aceitou o acordo e disse que seu mandato está à disposição para ações eficientes, que desenvolvam o turismo e que irá se inteirar dos assuntos em questão e ajudar da melhor maneira possível. Arrematou a parlamentar afirmando – “O turismo cresce quando oferecemos o que há de melhor e este encontro é a prova disso”.

Candidatura
O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Juiz de Fora – MG, Antônio Jorge Marques, se apresentou como candidato à Presidência da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares – FENHRBS, e mostrou sua plataforma de ação alinhada à CNTur. Foi saudado por todos os presidentes de Sindicatos presentes, que lhe prometeram apoio.

Inglês/Espanhol
Virgílio Carvalho falou sobre o Termo de Cooperação assinado pela CNTur com a União Cultural Brasil-Estados Unidos, para aulas gratuitas de inglês e espanhol aos trabalhadores no turismo.

Palestras e debates
Durante o II FÓRUM DA CNTUR e o 23° CIHAT, foram realizadas diversas palestras e debates de interesse do desenvolvimento do turismo brasileiro, dentre esses temas:

Turismo Ibero Americano – A importância de Fomentar o Turismo Ibero Americano, com a participação econômica e social dos países do Continente Sul americano. Palestra de Paulo Machado, Diretor de Promoção Turística de Portugal no Brasil e presidente da Comissão Européia do Turismo.

Mercosul – Integração e Consolidação do Turismo no MERCOSUL – Políticas Públicas, Planejamento Estratégico e Qualificação profissional. Palestra do prof. Mário Beni, membro do Conselho de Ética da OMT e Presidente do Conselho de Qualificação e Certificação dos Profissionais de Turismo.

Macro Programas – Macro Programas para o Desenvolvimento do Turismo Brasileiro. Palestra de Paulo Gaudenzi, Vice-Presidente de Desenvolvimento do Turismo e Mercado da CNTur.
Marketing – A importância do Marketing no Desenvolvimento Turístico Nacional. Palestra de Miguel Ignácio, presidente da ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil.

Qualificação – Plínio Sarti, Presidente da Union Degli Italiani Nel Mondo e Consultor Sindical da CNTur, falou sobre a Entidade Bilateral, Sindicatos de Empregadores e Empregados e a Formação de Qualidade Profissional.

Alterações Previdenciárias – Recentes alterações Previdenciárias e Trabalhistas e as Repercussões no Segmento de Turismo foi a palestra de Mário Benciani, Auditor Fiscal do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

Acessibilidade – A importância da inclusão social dos portadores de necessidades especiais e conceitos de acessibilidade – Lidando com a Diversidade, foram os temas defendidos por José Francisco Vidotto, Presidente da Associação Trabalhista de Defesa dos Direitos e Interesses das Pessoas com Deficiência – ATRADEF e Sérgio Martins Machado, advogado e membro do Conselho de Justiça da OAB.

Varejo – O Turismo está chegando no varejo, foi palestra de Virgílio de Carvalho, diretor da ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil.
Hotelaria econômica – O Prof Victor Kiyohara, Diretor Técnico do Setor de Hotelaria daa ABRESI/FHORESP e Professor Universitário falou sobre os avanços e o momento da Hotelaria Econômica no Brasil.

Gastronomia sem fronteiras – Foi a abordagem de Diego Silva Lehmann, Presidente da AREGALA Internacional e Organização de Imprensa Gastronômica.

Nicho gastronômico – Hospitalidade Gastronômica – Um novo nicho no mercado turístico hoteleiro do Brasil, foi o tema da palestra do Prof. Celso dos Santos Silva, Diretor Técnico do Setor de Gastronomia da ABRESI/AREGALA.

Nítidas mudanças
“Percebe-se que a simples presença da CNTur no cenário brasileiro representa um enorme avanço para turismo nacional. Hoje, há uma modernização na postura e também nas iniciativas”, afirmou Trajano Ribeiro, consultor de turismo e ex- Secretário de Turismo do Rio de Janeiro, presente ao Fórum. Ele assim considerou, devido às conquistas simultâneas que a CNTur tem experimentado nesse primeiro ano de seu registro.

Convênios e Acordos
Durante o 23° CIHAT e o II FÓRUM CNTur, o Presidente Nelson de Abreu pinto celebrou os seguintes acordos e convênios:
? Com a CBC – Confederação Brasileira de Clubes, na pessoa de seu presidente Arialdo Boscoli, ratificação do Termo de Cooperação para que os empresários e trabalhadores no turismo e seus familiares, freqüentem e usem os respectivos equipamentos de lazer e esportivo, em 800 clubes em todo o país.

– Acordo com a ADVB e com a União Cultural Brasil/Estados Unidos, na pessoa do presidente Miguel Ignácio, para ensino de inglês e espanhol aos trabalhadores e empresários do turismo, com vistas à Copa do Mundo de 2014.

– Convênio com a empresa República Opinião dos Brasileiros, com o Presidente Rodrigo Mendes Ribeiro.

– Acordo de cooperação com a deputada Célia Leão, para a criação de Frentes Parlamentares de Turismo nas Assembléias Legislativas de todo o país, para a defesa regional do turismo.

– Homenagem da Associação Comercial de São Paulo com o Troféu da Paz, ao Presidente Nelson de Abreu Pinto.

CNTur: a realidade que redesenha a história do Turismo no Brasil
O turismo hoje registra uma importante ampliação do número de atores que buscam materializar suas aspirações e cuidar de seus interesses, fato que está mudando de maneira substancial no modo de fazer negócios e tomar decisões.

É preciso destacar que o momento presente não é mais uma seqüência temporal linear, com um corte institucional e social para ajustes a novas realidades. Estamos vivendo um novo tempo de mudanças que exigem arrojo, consciência, criatividade e inovação.
Turismo pressupõe, para seu desenvolvimento, atitudes e ações de intersetorialidade, portanto, de ação obrigatoriamente conjunta e integrada do próprio Governo e do setor privado.

A CNTur tem como missão principal unir os empresários do setor, em busca do contínuo desenvolvimento do turismo sustentável, respeitando-se as raízes culturais brasileiras e o seu patrimônio histórico e artístico, acreditando no turismo como um grande vetor de crescimento econômico e social, gerador de emprego e renda para a população.

A CNTur está convicta que a inicia- ativa privada será, cada vez mais responsável pelo crescimento da cadeia produtiva do turismo, englobando, entre suas atividades, esforços conjuntos com o poder público, na promoção e na modernização estrutural dos destinos turísticos. Hoje, há que se pensar além da crise. Há um redesenho da economia e os eixos de influência mundial, que poderá alterar profundamente a decisão de investimentos no futuro.

A volta dos mercados internacionais para a exportação encontrará jogadores tradicionais repaginados e os mesmos novos “players” disputando um jogo mais acirrado, com novas regras, ditadas pelo consumidor.

Nesses mercados, importadores sofrerão ataques mais severos desses competidores, pois, com a queda da demanda mundial, haverá capacidade ociosa de produção e busca de mercados para escoá-la. E ainda, numa segunda fase, essa competição poderá dar-se, inclusive, em nosso mercado interno, dada a sua atratividade.

Isso tudo nos obrigará a olhar para além da crise. Em quais mercados queremos estar presentes? Queremos um modelo exportador? Que produtos? Em que extensão da cadeia produtiva?

No início de setembro de 2009, segundo a OCDE, os indicadores “apontaram” fortes sinais de melhora na perspectiva econômica para as grandes economias em desenvolvimento, que também sugerem uma retomada no crescimento. Nesse primeiro instante, identificamos cinco macro vertentes orientadoras do trabalho que, entre outras, serão apoiadas e fomentadas pela CNTur.