A abertura oficial do 1º Congresso Internacional “Abrindo fronteiras, fechando negócios”, que ocorreu em 25 de maio – data em que se comemora, oficialmente, o Dia da Indústria – no auditório do SENAC, de Porto Velho, foi proferida pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Denis Baú. O Congresso reuniu autoridades políticas, técnicos e empresários dos estados de Rondônia, Roraima e dos países fronteiriços: Bolívia, Chile, Venezuela, e Peru, com o objetivo de promover a integração e o intercâmbio comercial.

O evento incluiu ainda quatro workshops temáticos dos setores da Confecção, Gráfico, Panificação e Construção Civil, durante a programação que se estendeu até 28 de maio, e integrou a Semana da Indústria promovida pelo Sistema FIERO. Vários parceiros regionais que atuam na área de fronteira apoiaram a programação como a Receita Federal, ANVISA, o Idaron, entre outros. A FIERO contou também com a parceria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), IEL, SENAI, SESI, Núcleo de Apoio à Indústria (NAI), SEBRAE, Governo do Estado, Fidens, CSAC, Banco da Amazônia, Consórcio Santo Antônio de Energia e Construtora Camargo Corrêa.

O presidente da FIERO, Denis Baú deu às boas vindas aos presentes citando o pronunciamento do primeiro secretário, Inácio Alves Pinto de Almeida, na ocasião da instalação da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, em 1824, a primeira entidade de representação da nascente indústria brasileira, que dizia: “Nenhum país floresce sem indústria por ser ela o móvel principal da prosperidade e a da riqueza de uma nação culta realmente independente”. Ele contextualizou o objetivo dos industriais se adequarem à competitividade, palavra de ordem às empresas para acompanharem o exigente mercado. Abordou também que se faz necessário ter em mente a visão empresarial mais ampliada que o mundo global nos impõe. Ainda segundo Baú, a proposta marcante da Federação foi incorporar à programação do evento inédito no Estado de Rondônia e direcionado – especialmente – ao empresariado local, o relacionamento institucional e empresarial entre o estado e os países vizinhos – que atuam na faixa de fronteira – Peru, Bolívia, Chile e Venezuela. Para isso, ele considerou que a integração comercial é o primeiro passo para o amadurecimento de possíveis negociações entre os industriais rondonienses e os parceiros estrangeiros.

O lema “Abrindo fronteiras, fechando negócios” do 1º Congresso Internacional Sul Americano expressa a expectativa dos resultados de ações e missões em prol da indústria para viabilizar os interesses econômicos rondonienses nos mercados dos países e Estados vizinhos. “O fortalecimento de parcerias empresariais, com possíveis acordos, entre Rondônia e países de fronteira é inegável. As chances de iniciarmos novas oportunidades mútuas de investimentos são consideráveis, uma vez que as transações comerciais são fundamentais no atual cenário econômico mundial”, pontuou.

O Estado de Rondônia apresenta consistentes razões para verter investimentos: privilegiada e estratégica localização que facilita a logística dos produtos manufaturados e matéria prima. Rondônia está no coração da América do sul – de frente com fortes mercados consumidores – o que favorece o incremento do intercâmbio comercial. Os novos eixos e corredores de integração: Saída para o Pacífico e a Rota para o Atlântico, sob o ponto de vista empresarial, abrem a produção industrial de Rondônia para o mundo.

Ao finalizar o discurso, Baú alertou aos presentes que “não cabe ignorar os entraves burocráticos que dificultam esse intercâmbio comercial almejado. É preciso retirar as barreiras alfandegárias, tributárias para fazer fluir as negociações. E o momento é agora”.

As apresentações sobre as potencialidades de Rondônia pelo representante do governo estadual, Edgar Menezes e a palestra ministrada pelo fundador e ex-presidente da FIERO, Miguel de Souza sobre os eixos de integração, infraestrutura portuária, a integração por hidrovias, prosseguiram no primeiro dia de Congresso. Miguel de Souza, igualmente, destacou a importância do Sistema FIERO de promover o Congresso Internacional que traz a possibilidade de integração da classe empresarial rondoniense com os países andinos.