A Administração de Informações sobre Energia (EIA, na sigla em inglês), principal órgão norte-americano sobre consumo energético, informou nesta terça-feira, 25 de maio, que as emissões globais de dióxido de carbono (CO2) irão crescer de 29,7 bilhões de toneladas (2007) para 42,4 bilhões de toneladas até 2035, caso os países deixem de traçar e cumprir um acordo mundial capaz de frear tamanha quantidade de poluentes na atmosfera.
De acordo com o relatório anual da EIA sobre as perspectivas energéticas em longo prazo, boa parte do aumento de emissões será registrado em países com processo acelerado de desenvolvimento, como China e Índia, onde a demanda por eletricidade tende a crescer gradativamente.
“Com crescimento econômico forte e considerável dependência contínua de combustíveis fósseis previstos para a maioria das economias não integrantes da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), dentro das políticas vigentes, boa parte do aumento projetado das emissões de dióxido de carbono ocorrerá entre esses países em desenvolvimento, projeta o relatório da EIA.
Segundo a agência, a ausência de políticas nacionais para emissões e a falta de acordos internacionais com força de lei para combater as mudanças climáticas, fazem com que o consumo global de carvão esteja previsto para subir de 132 quatrilhões de unidades térmicas britânicas (BTUs) em 2007 para 206 quatrilhões de BTUs em 2035, acrescentou a EIA.
De acordo com a agência Reuters, os países ricos e as nações em desenvolvimento encontram dificuldades para estabelecer um pacto que reduza as emissões de gases estufa de forma suficiente para prevenir as estiagens, ondas de calor e enchentes previstas para ocorrer em função do aquecimento global.
A lei ambiental norte-americana, que se encontra paralisada e, caso aprovada, poderá ajudar a unir os países, enfrenta futuro incerto, já que tem a oposição de parlamentares de estados produtores de carvão e petróleo. O país é o segundo maior emissor de gases-estufa no mundo, atrás apenas da China.
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