Não é somente no Brasil que a star reúne os velejadores mais renomados. Considerado o barco mais técnico das classes olímpicas, a star é principal vitrine no mundo da vela. “A star acaba projetando nomes para a vela oceânica, para os barcos grandes”, afirma Marcelo Ferreira, proeiro de Torben Grael. “É mais forte, é outra história.” Ferreira cita o caso da mudança de status do adversário Robert Scheidt.

“Ele ganhou oito Mundiais de laser, mas só depois que conquistou um de star é que foi convidado para a vela oceânica”, completou. O velejador Murillo Novaes, ex-gerente de comunicação da CBVM (Confederação Brasileira de Vela e Motor), afirma que, por ser um barco mais técnico, em algum momento da carreira os grandes competidores optam por disputar a classe.

“Além disso, não é um barco em que é necessário ser um superatleta”, afirma Novaes. “É só ver o caso do Lars [Grael], que, mesmo amputado, está conseguindo bons resultados na star.” Ele argumenta ainda que, pelo alto nível da concorrência e pelas sutilezas do barco, um detalhe pode representar um pódio ou o 11º lugar.