Um navio-tanque modificado, considerado a maior escumadeira de óleo do mundo, está sendo testado no golfo do México para recolher milhares de litros de água contaminados com óleo.

O navio, chamado “Baleia”, da empresa taiwanesa TMT Group, tem em torno de 275 metros de largura e, em tese, pode recuperar até 500 mil barris por dia. O navio absorve o petróleo e a água contaminada, filtra o petróleo e expele a água purificada.

Frank Maisano, porta-voz da empresa, confirmou hoje que os testes começaram. Funcionários querem verificar se o navio consegue processar a quantidada estimada de água contaminada.

Nos últimos dois dias as tarefas de limpeza no golfo foram interrompidas com a passagem do furacão Alex, que gerou fortes marés e ventos, espalhando mais óleo no golfo do México da Louisiana para a Flórida.

O vazamento no golfo teve início com a explosão de uma plataforma de petróleo operada pela empresa britânica BP. Desde então, entre 1,6 a 3,6 milhões de barris de petróleo vazaram de um poço no leito do golfo do México, gerando o maior desastre ambiental da história dos EUA.

De acordo com estas cifras, este desastre é de maior magnitude que o derramamento de Ixtoc de 1979 que derramou em torno de 3,3 milhões de barris no golfo do México.

O único antecedente mais grave é o vazamento intencional de petróleo pelas tropas iraquianas no Kuwait durante a guerra do Golfo em 1991 que derramou de seis a oito milhões de barris de petróleo.

O poço continua vazando entre 30 e 60 mil barris por dia. Um sistema de contenção conseguiu recolher em torno de 557 mil barris de petróleo, mas as fortes marés atrasaram a instalação de um terceiro dispositivo, o Hélix, para aumentar a capacidade de limpeza de 25 para 53 mil barris por dia.

Outro navio, o “Hélix producer”, começará as tarefas de contenção na quarta-feira. Funcionários afirmaram que graças a este navio terão uma melhor estimativa do fluxo atual de petróleo, “apenas pelo aspecto do petróleo que sai pelo tampão”, disse o almirante Thad Allen, da Guarda Costeira.

Posteriormente, terão de decidir se o sistema existente de limpeza deve permanecer ou se será substituído por outro capaz de recolher 80 mil barris de petróleo por dia.

FSP