O Museu da Amazônia (Musa) deixou de ser um sonho de cientistas e começou a sair do papel. Na sua primeira exposição, em Manaus, grandes aquários e peças arqueológicas – como uma ponta de lança de 9 mil anos – mostram a riqueza da região do Encontro das Águas, onde o Rio Negro deságua no Solimões, formando o Rio Amazonas.

Fundado em janeiro por pesquisadores da região, o Musa receberá sua primeira estrutura física em março de 2010. Serão 60 aquários grandes que vão abrigar espécies tipicamente amazônicas, como o peixe-boi e o pirarucu. Os tanques serão colcados na Reserva Ducke, em Manaus, onde também será construída a sede do museu.

Segundo Rita Mesquita, diretora técnica do Musa, a instituição já tem garantidos R$ 25 milhões para os primeiros anos de investimento. Toda a estrutura será voltada para a observação das riquezas escondidas na floresta.

“Serão construídas uma passarela no dossel das árvores, torres de observação e duas estruturas para exposição. Um pavilhão servirá para arqueologia e outro para exposições temporárias. Queremos que as pessoas sejam convidadas a entrar na floresta, ouvir sons, experimentar olfatos”, explica Rita.

A diretora estima que toda a infraestrutura esteja pronta nos próximos quatro anos. Se os cronogramas forem cumpridos, o museu poderá se tornar um dos grandes atrativos da cidade para a copa de 2014, que terá Manaus como uma das sedes. O público para o museu, contudo, está garantido pela vizinhança. “No entorno da reserva, temos 14 escolas que, juntas, têm 35 mil alunos”, afirma.

Iberê Thenório Do Globo Amazônia, em Manaus