Funcionários dos governos dos EUA e de Cuba estão discutindo maneiras de lidar com o vazamento de petróleo no golfo do México.

O vazamento começou no dia 20 de abril, quando a plataforma Deepwater Horizon operada pela empresa BP (British Petroleum) explodiu, matando 11 funcionários. Desde o acidente, estima-se que estejam sendo lançados diariamente cerca de 800 mil litros de óleo no mar.

O diálogo entre os governos indica preocupação de que correntes marinhas fortes possam espalhar óleo muito além da região inicial do vazamento, incluindo ilhas na Flórida (Florida Keys) e praias na costa norte de Cuba. A conversa também é um raro caso de cooperação entre os dois países, em conflito há mais de meio século.

Imagens do satélite europeu Envisat mostram que o óleo já entrou na chamado “loop current”, que forma uma curva no golfo do México e depois escapa pelo estreito da Flórida com direção ao Atlântico. Cientistas estimam que o óleo deve chegar às Florida Keys em seis dias.

Não está claro, porém, se os EUA irão prestar ajuda à Cuba caso o óleo atinja o litoral da ilha caribenha. Em 2005, o então presidente Fidel Castro ofereceu assistência médica após a tragédia do furacão Katrina, mas o Departamento de Estado americano recusou-se a aceitá-la.

FSP