A temporada de verão de cruzeiros 2015 ganhará mais um destino dos sonhos. Ainda que seja através de escalas-teste: Florianópolis, que está se preparando para se tornar uma das paradas dos cruzeiros que viajam pela costa brasileira. Em maio, Vinicius Lummertz, o novo presidente da Embratur, reuniu-se com o Marco Ferraz, presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar Brasil), e representantes de entidades do setor turístico para definir detalhes operacionais para o recebimento de navios ainda este ano na capital de Santa Catarina.

Segundo o ministro, somente os gastos em terra provenientes dos viajantes de Cruzeiro pode chegar a R$ 120 milhões em um ano. “A recepção de cruzeiros marítimos é um grande propulsor do desenvolvimento econômico regional e o governo está em total atenção com o tema”, afirmou. As escalas-teste em Florianópolis atingem uma demanda potencial, já que Florianópolis está no meio do caminho entre a rota que liga Santos/Rio – e a capital argentina, Buenos Aires. Até então, os transatlânticos passavam apenas pela costa da ilha e não desembarcavam.

Outra possibilidade a ser estudada são cruzeiros mais curtos saindo de Santos com duas escalas em Santa Catarina, sendo uma delas em Florianópolis e a segunda poderá ser em um dos demais portos do estado, como Itajaí, Porto Belo ou São Francisco do Sul. “Os armadores dos navios encerram suas agendas de escalas e roteiros com dois anos de antecedência e, por isso, já estamos com as temporadas 2015/2016 e 2016/2017 planejadas. Mas, com a infraestrutura adequada, podemos tentar manejar escalas-teste em alguns destinos para que, diante do sucesso da operação, eles possam ingressar oficialmente nos roteiros e atrair a atenção de milhares de cruzeiristas”, garantiu Ferraz.

Espera-se que ainda em 2015 seja finalizado o novo levantamento hidrográfico das baías de Florianópolis para que, a partir daí, sejam definidos os locais estratégicos para a construção de marinas e terminais de cruzeiro no entorno da capital catarinense. O estudo visa modernizar a carta náutica das baías da Ilha e dar seguimento ao porto turístico da capital, de onde será possível desembarcar diretamente em um cais apropriado.