Assim como Obama, Sarkozy enfrentará eleição presidencial no ano que vem

Presidente francês Sarkozy seguirá padrão americano no retorno das tropas (Regis Duvignau/Reuters)

Presidente francês Sarkozy seguirá padrão americano no retorno das tropas (Regis Duvignau/Reuters)

Depois dos Estados Unidos, foi a vez da França. O presidente Nicolas Sarkozy anunciou nesta quinta-feira uma retirada de tropas do Afeganistão – do mesmo tamanho e no mesmo ritmo dos americanos. “Levando em conta os progressos registrados, a França iniciará uma retirada progressiva dos reforços enviados no Afeganistão de maneira proporcional e com um calendário comparável à retirada dos reforços americanos”, disse o presidente francês. Sarkozy insistiu que seu país “seguirá plenamente comprometido com seus aliados junto ao povo afegão para levar até o fim o processo de transição”.

Nesse sentido, o presidente lembrou que a transição das responsabilidades às autoridades afegãs na área da segurança continuará até 2014, de acordo com os objetivos fixados na cúpula da Otan realizada em novembro. Desde o começo da intervenção militar, a França já deslocou cerca de 4.000 militares para o Afeganistão – desde 2001, o país europeu sofreu 60 baixas, a maior parte em enfrentamentos na região de Kapisa, próxima à fronteira com o Paquistão. Obama afirmou ontem que desde o próximo mês e até o fim do ano irá retirar 10.000 soldados do Afeganistão, enquanto 30.000 terão deixado o país até setembro de 2012.

Assim como Obama, Sarkozy enfrenta uma campanha presidencial no ano que vem – e a retirada de tropas do Afeganistão, nos dois casos, pode render uma boa quantidade de votos, já que tanto nos EUA como na França a opinião pública sinaliza grande apoio ao retorno dos soldados. O anúncio feito por Sarkozy aconteceu pouco depois do discurso de Obama, transmitido ao vivo no horário nobre da TV americana. Os dois presidentes conversaram por telefone na quarta-feira. Sarkozy destacou que “a França compartilha da avaliação da situação e dos objetivos dos americanos, e está feliz com a decisão de Obama”.

(com agência EFE)

Fonte: VEJA