Por Helena Barradas (da Redação)
Funcionários da Secretaria de Saúde (SS), no México, enviaram à imprensa algumas fotos do chefe da Unidade de Atenção Cidadã da região. Nas fotos, Luis José Larumbe Mendoza exibe como troféu algumas espécies animais em risco de extinção. Além de divulgar as fotos, os trabalhadores do setor confirmaram que Mendoza se ausenta do trabalho com a permissão do Secretário de Saúde para se dedicar à caça, e utiliza carros oficiais para isso. As informações são do jornal El Diario.
Em uma das imagens, o funcionário público aparece com um veado pendurado em uma árvore. Em outra, com um menor de idade, ele aparece segurando a cabeça de um jaguar. Em outra foto, Mendoza está em cima de uma caminhonete onde davam seus últimos suspiros um veado e um tapir. Nas últimas fotos, o funcionário da SS aparece com dois crocodilos, ambos presos em galhos de árvores.
Em entrevista, a delegada da Procuradoria Federal de Proteção ao Meio-Ambiente (Profepa), Laura Aguilar Chagoya, ressaltou que a “caça não estava permitida”, e quem for surpreendido em flagrante pode pegar até nove anos de prisão. Segundo Chagoya, as imagens poderiam ser utilizadas para fazer a denúncia.
A funcionária federal disse que o jaguar é uma espécie com grave risco de extinção e, além disso, a caça ao crocodilo também está proibida. De acordo com a Delegada, “existem poucos exemplares como o jaguar, e que este é o maior felino da América”. Com relação ao veado, ainda que não esteja catalogado na lista dos animais em risco de extinção, “sua caça também não está permitida”.
Chagoya ressaltou que “se alguém do setor público comete essas irregularidades, o governador local, Gabino Cué, deve ser informado, porque ele é um ambientalista que não pode ter esse tipo de pessoa integrando o seu governo”.
A delegada enfatizou que se for comprovada a ação ilícita de Mendoza, a PROFEPA iniciará sanções administrativas. E se ele for pego em flagrante, será enviado um processo à Procuradoria Geral da República, que poderá impor a ele uma pena de até nove anos de prisão.
fonte: www.anda.jor.br