O Governo Federal vai ampliar a Produção Agroecológica Integrada Sustentável (Pais) e concluir até o final do ano o Plano Nacional da Agroecologia, iniciativas importantes na área ambiental para a agricultura sustentável. Essas ações fazem parte de uma série de melhorias anunciadas pela presidenta Dilma Roussef nesta quarta-feira (17/08) no encerramento da  4ª Marcha das Margaridas, em Brasília, da qual participaram a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, outros 10 ministros, representantes de movimentos do campo e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.

No evento, que reuniu cerca de 70 mil trabalhadoras rurais, a presidenta entregou o caderno com as respostas às reivindicações das Margaridas e apresentou as ações do Governo na área da produção sustentável, saúde e educação. “Sabemos que o País precisa das trabalhadoras rurais para  construírem cidades solidárias e justas”, ressaltou Dilma.

O primeiro pagamento do Bolsa Verde, programa coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, será realizado já em setembro. Serão R$ 300, a cada trimestre, para famílias que vivem e desenvolvem atividades sustentáveis em reservas extrativistas ou assentamentos sustentáveis. Até o final do ano, serão contempladas 25 mil famílias.

Para a presidenta, a igualdade de gênero é essencial para o crescimento econômico e social. O Governo Federal dará prosseguimento ao diálogo com a coordenação da Marcha para atender todas as demandas que ainda não tiveram resposta. Um grupo interministerial vai fiscalizar a implementação das reivindicações semestralmente. A primeira reunião está marcada para outubro.

Dilma ainda anunciou a criação de 16 unidades base de saúde fluviais – oito este ano e as outras no ano que vem. Também serão criados 10 centros de referência para saúde do trabalhador rural do campo e da floresta. “Vamos implementar a rede cegonha para reduzir a mortalidade materna e aprimorar o atendimento ao recém-nascido. Também vamos iniciar uma campanha nacional de prevenção ao câncer de colo de útero e mama para mulheres do campo e da floresta”, disse.

Um dos principais itens na pauta de reivindicação das Margaridas, a violência contra as mulheres, teve destaque no discurso de Dilma. Ao anunciar a instalação de 10 unidades móveis de atendimento, a presidenta homenageou Margarida Alves, agricultora assassinada em 1983 por reivindicar os direitos dos trabalhadores rurais e que inspirou a marcha.

“Ser mulher brasileira, moradora do campo e militante popular exige coragem, altivez e um coração generoso. Exige grandeza de alma para enxergar longe e buscar realizar, aqui e agora, as transformações que o mundo rural e o Brasil tanto necessitam. Vocês são exemplos de garra, tenacidade e coragem. O Brasil, por isso, depende muito desse exemplo para alargar, ainda mais, os espaços de justiça social para nossos filhos e netos”, finalizou Dilma.

fonte: MMA