Moscou, Rússia – Os cidadãos de Moscou comemoraram animadamente a Hora do Planeta ao som do grupo convidado de percussão STOMP – conhecido mundialmente por usar objetos do dia-a-dia como instrumentos musicais e, especialmente, por seu uso de tampas de latas de lixo. Realizaram uma aula para os presentes e um concerto como parte do seu tour pela Europa do Leste.

No entanto, a Hora do Planeta começou neste país, o maior do mundo, 11 fusos horários mais cedo, com cidadãos de Petropavlosk-Kamchatksky apagando suas luzes na mesma hora que os cidadãos de Fiji. Pela primeira vez, os Mongóis também se juntaram à Hora do Planeta reunindo um grupo incrível – e bem resistente considerando as temperaturas gélidas do momento – de 3.000 pessoas na Praça Sukhbaatar na capital Ulaan Batar.

Esses dois países participaram do movimento global Hora do Planeta que reúne centenas de milhões de pessoas em mais de 4.000 cidades e comunidades em 125 países.

Na capital cazaque Astana, as luzes se apagaram no monumento nacional Astana-Baiterek, como também em vários prédios públicos incluindo o Palácio Presidencial, a Corte Suprema e o Palácio da Independência. Cerca de 90 cidades cazaques aderiram à campanha da Hora do Planeta.

A maioria das pontes famosas de Moscou se juntaram à Prefeitura, Universidade de Moscou e Arena de Esportes de Lujniki e outros ao apagarem suas luzes durante a Hora do Planeta. As luzes também se apagaram na Pequena Arena de Esportes de Lujniki.

Ação presidencial no Paquistão e nas Maldivas
O Presidente e o Primeiro Ministro apagaram as luzes de suas casas liderando a primeira participação do Paquistão na Hora do Planeta, se juntando aos cidadãos de Islamabad, Karachi e Lahore. “A conservação de recursos naturais e bens essenciais é crítico para criar um ambiente sustentável”, afirmou o Presidente Asif Ali Zardani. A Assembléia Nacional e várias cadeias de hotéis se juntaram à Hora do Planeta no Paquistão.

O maior prédio do mundo apaga sua luzes para a Hora do Planeta
O petróleo pode ter muito bem financiado várias das maravilhas arquitetônicas da região ao redor do Golfo Pérsico, mas existem sinais de que os estados da região estão buscando participar da crescente economia de energias renováveis. Liderando o esforço está Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, agora construindo a eco-cidade Masdar. Lá, a mesquita Xeque Zayed – a maior da cidade podendo acolher 40.000 fiéis – será o ícone da mensagem da Hora do Planeta.

Não muio longe ao sul, em Dubai, o destaque foi a participação do maior prédio do mundo, com 828 metros, Burj Khalifa. Também participou o símbolo mais conhecido de Dubai, o hotel Burj Al Arab, conhecido como vela Árabe.

No Bahrein, a Torre Almoayyad, de apelido “Torre Negra”, apagou suas luzes, bem como o Circuito Internacional do Bahrain onde ocorre a corrida de Fórmula 1 – admitidamente um pequeno gesto considerando as elevadas emissões do esporte.

Monumentos naturais – um incrível pano de fundo para a Hora do Planeta na África

Enquanto outros continentes concretizaram sua mensagem climática por meio de monumentos humanos, a África optou por monumentos naturais.

As Montanhas da Mesa, próximos à Cidade do Cabo, África do Sul, teve sua iluminação apagada e provavelmente foi o maior monumento natural a participar. As Cataratas de Victoria na fronteira entre o Zimbabwe e a República Democrática do Congo, as maiores do mundo, chegaram como próximo segundo.

“Se houvesse uma hora que importasse e um nome para descrevê-lo, seria este”, afirmou o Arcebispo Desmond Tutu, vencedor sul-africano da Hora do Planeta. O Arcebispo havia descrito as mudanças climáticas como a “a maior crise de responsabilidade humana enfrentada pelo mundo hoje”.

“Não descrimina raça, cultura e religião. Afeta todo os seres humanos de todo o mundo”, disse ele.

As áreas com maiores dificuldades de acesso à eletricidade procuraram pôr maior ênfase em atividades ao invés do ato de apagar as luzes. Em Madagascar, restaurantes organizaram jantares a luz de velas e um carnaval de dia aconteceu nas ruas da cidade de Mada.

Estações de trem constituíram escolha predileta para apagar as luzes, já que são bem iluminadas, públicas e movimentadas.

No Quênia, o Centro Internacional de Conferência Kenyatta apagaram as luzes e organizaram um concerto de Achieng’ Abura, cantor africano de jazz e também embaixador para o WWF Quênia.

Capital por séculos celebra a Hora do Planeta, uma ponte entre dois mundos
Istambul, uma cidade com um rico passado e que já foi capital sob os nomes de Bizâncio e Constantinopla, celebrou a Hora do Planeta apagando as luzes da Ponte Bosphorus que junta a Europa à Ásia. A ponte, inaugurada próximo ao 50º aniversário da República da Turquia em 1973, possui desde 2007 um sistema de luzes LED que produz um verdadeiro espetáculo visual no local.

Em outra parte da cidade, apoiadores da Hora do Planeta participaram de um concerto acústico a luzes de vela.