O Ibama aplicou em um só dia R$ 14,5 milhões em multas no município de Extrema (a 340 km de Porto Velho) por causa de queimadas na vegetação. O Estado é um dos mais afetados pela onda de queimadas que afeta o país –o número de focos já superou o total registrado em 2009.

As autuações, que ocorreram em três propriedades, foram feitas na quinta-feira (26). No oeste do Pará, nesta semana foram multados sete proprietários rurais, totalizando R$ 726 mil. Eles ainda podem recorrer.

Em períodos de baixa umidade, ventos fortes e temperaturas altas, é proibido fazer queimadas porque o fogo se alastra facilmente. Mas a ação continua sendo praticada para abrir áreas em pastagens pela região.

Por causa das queimadas, o Acre está em estado de alerta. Duas cidades estão em situação de emergência no país, ambas em Mato Grosso: Marcelândia, onde madeireiras e 96 casas foram destruídas pelo fogo há duas semanas, e Peixoto de Azevedo.

No Estado, toda a fiscalização do Ibama está voltada a essa área, de acordo com Luiz Benatti, chefe da divisão de proteção ambiental.

Com a fumaça, a falta de visibilidade nas rodovias de Mato Grosso causou 31 acidentes e sete mortes, conforme levantamento da Polícia Rodoviária Federal.

Para o Ministério do Meio Ambiente, a situação é preocupante no Parque Nacional das Emas, em Goiás, próximo às divisas com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

As queimadas pelo país devem piorar em setembro, segundo o meteorologista Raffi Agop, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Ele diz que os focos de incêndio seguiam tendência de queda nos últimos anos, mas voltaram a aumentar.

FSP