O presidente da Alap (Assembléia Legislativa do Amapá), deputado estadual Jorge Amanajás (PSDB), realizou, no início do mês, o discurso de abertura da etapa estadual do III Simpósio da Amazônia – Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas.

O evento, realizado pelas comissões da Amazônia e de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, em parceria com a Alap e a Fecomércio, aconteceu no auditório do Macapá Hotel. Na mesa dos trabalhos, autoridades e convidados, a exemplo dos deputados federais Dalva Figueiredo (PT) e Antônio Feijão (PSDB), o prefeito de Mazagão, José Carlos Carvalho (PDT) e a diretora do Ibama/Amapá, Deusenir Oliveira.

O evento vem sendo realizado em todos os Estados que compõem a Amazônia Legal e tem como finalidade debater alternativas de desenvolvimento sustentável para a região. Para Jorge Amanajás, é preciso mais investimentos, no sentido de associar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. E frisou que para garantir esse desenvolvimento aliado à manutenção do meio ambiente, é preciso dinheiro.

“Quem tem dinheiro é quem derruba a floresta e destrói o meio ambiente. Não estou fazendo apologia para se derrubar a floresta, mas dizendo que precisamos gritar para o resto do Brasil e para o mundo, que a responsabilidade de pagar a conta pelos custos dessa preservação não pode ser só nossa”, ponderou.

O parlamentar ainda defendeu, através das bancadas federais amazônicas, a criação de um fundo, a partir dos lucros da iminente exploração de petróleo na camada Pré-Sal, pela Petrobras, para a preservação e desenvolvimento da Amazônia, como forma de compensação para os habitantes da região.

“As cidades da Amazônia têm 40% de suas populações abaixo da linha de pobreza, sem esgoto, sem asfalto, sem água, sem habitação, morando em palafitas. As nossas bancadas precisam se unir, para criar um fundo, com os recursos da plataforma de Pré-Sal, para a preservação da Amazônia”, argumentou.

Jorge Amanajás também disse que é uma forma de aferir o compromisso dos políticos, em nível nacional, com a preservação e desenvolvimento da região.

“Se os deputados e senadores dos estados por onde passa o Pré-Sal forem contra o fundo, é sinal de que eles só estão enxergando o próprio nariz. Se alguém disser que a exploração do petróleo não chega à Amazônia, pode-se questionar: Amazônia não é de todos? Então o petróleo de lá também é daqui”, vociferou o presidente, que ainda prometeu debater o tema no Plenário da Assembléia Legislativa.

A etapa amapaense do simpósio se estendeu com diversas palestras, painéis e mesas redondas. Os encontros nos estados são uma prévia para o Simpósio Nacional, que irá acontecer no próximo dia 7 de outubro, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).

Revista Ecoturismo