Intenção do governo brasileiro é fazer um contraponto às campanhas de ONGs internacionais contra a usina

O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) vai aos EUA na próxima semana para defender a construção de usinas hidrelétricas, sobretudo a de Belo Monte.
Ele viaja hoje à noite para Nova York, onde cumprirá agenda em universidades e com empresários.
Os compromissos fazem parte de estratégia de contraponto do governo brasileiro às campanhas de ONGs internacionais contra Belo Monte.
Além de palestras sobre o modelo energético brasileiro, Lobão vai fazer uma defesa da maior e mais controversa hidrelétrica nacional.
Será a primeira vez que o ministro enfrentará pessoalmente a opinião pública de entidades e centros acadêmicos americanos, históricos oponentes ao projeto.
Neste ano, por exemplo, a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), braço da OEA (Organização dos Estados Americanos), com sede em Washington, recomendou que o Brasil suspendesse as obras da usina.
Entidades americanas, como a Amazon Watch, também são contrárias à obra.
A usina, que conseguiu licença prévia de construção do Ibama mesmo com parte das condicionantes não cumpridas, terá 11.200 MW de potência instalada.
É a principal aposta para a segurança energética do país num cenário de manutenção do crescimento econômico. A usina deverá iniciar a produção de energia em 2015.
Na segunda-feira, Lobão apresentará conferência sobre política energética brasileira na Universidade de Columbia. Em sua fala, está a defesa das fontes renováveis para produção de energia.
Ele vai apresentar o vídeo “O Brasil e a nova geração de hidrelétricas”, que mostra as usinas como “modelo para o mundo”, que “preservam o ambiente e promovem desenvolvimento humano”.
Na quarta-feira, falará sobre energia e mineração na Valley Utah University, onde também receberá o título de “professor honorário”.
Em seguida, Lobão vai falar na Câmara do Comércio de Salt Lake City.

fonte: Folha de Sp