A formação de minhocários domésticos vai ser adotada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia nas comunidades carentes atendidas pela Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social. O projeto será apresentado até outubro deste ano ao ministério pela organização não governamental Minhocasa.

A proposta visa a conscientizar a população sobre a necessidade de reciclagem do lixo produzido em casa, de modo a preservar o meio ambiente. A ideia foi desenvolvida na Austrália, como política pública para transformação do lixo orgânico em adubo sólido e líquido, e trazida ao Brasil pela educadora ambiental Kika Danna, que criou a ONG.

“Precisamos nos conscientizar da quantidade do lixo que produzimos. Mais do que isso, trabalhar a educação nas comunidades mais carentes, para que essas pessoas percebam a importância dessa conscientização. Mais do que falar para elas da importância, temos que ter soluções para que possam, de forma fácil, resolver os problemas do lixo”, disse à Agência Brasil o secretário de Inclusão Social do ministério, Joe Valle.

A secretaria já está trabalhando na coleta seletiva, como forma de inserção e inclusão social do catador, associando a atividade com artesanato e trabalhos alternativos, ao usar diferentes tipos de equipamentos  para os vários tipos de materiais recicláveis.

“No lixo orgânico, o projeto Minhocasa é excelente alternativa para que a gente possa resolver o problema do lixo de forma descentralizada, sem grandes aterros, sem chorume e com uma tecnologia simples, barata e que dá um resultado fantástico”, disse Valle.

O administrador da ONG no Brasil, Cesar Cassab Danna, explicou que o projeto foi dimensionado para a realidade brasileira e inclui o desenvolvimento de kits Minhocasa. A parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social prevê o atendimento, inicialmente, somente das comunidades localizadas no Entorno de Brasília.

Cassab disse que a perspectiva é estender o projeto posteriormente a todo o País. “Esse é o nosso sonho. A gente pode estar levando um pouco dessa informação, que é básica e simples, mas que faz uma grande diferença, principalmente em relação ao impacto ambiental que a gente acaba gerando involuntariamente quando joga lixo orgânico fora.”

Agência Brasil