Entre os dias 04 e 05 de fevereiro, o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin estará no Pará, onde autoriza importantes ações previstas no plano “Amazônia Aquicultura e Pesca”, lançado no final do ano passado. O plano prevê o desenvolvimento da pesca e da aquicultura como uma vigorosa alternativa econômica para região, já que a atividade gera emprego e renda sem comprometer o meio ambiente. A Amazônia tem excelentes condições para o desenvolvimento da atividade: conta com 20% de toda a água doce do planeta e seis mil espécies de água doce, sendo 2,5 mil já catalogadas.

O Ministério da Pesca e Aquicultura, em parceria com o governo estadual, lança as bases para o exponencial aumento do pescado no Pará, ao autorizar a reforma e expansão de três estações de piscicultura e a construção de uma nova, além de garantir centros de capacitação profissional e de pesquisas sobre espécies nativas.

As obras, que deverão estar concluídas ainda em 2010 e representam investimentos da ordem de R$ 7,5 milhões, irão beneficiar quase 12 mil pessoas e permitir a capacitação de mais de 5 mil produtores e aquicultores rurais por ano. Com as estações de piscicultura, a capacidade de fornecimento de alevinos (filhotes de peixe) ao mercado saltará dos atuais 2,3 milhões de alevinos para 21,5 milhões. Além disso, é esperada a produção de cinco milhões de pós-larvas de camarão marinho por ano.

A visita do ministro Gregolin contempla ainda diversas iniciativas, como a continuidade da alfabetização e a capacitação de pescadores; a assinatura de convênios para a melhor compreensão das características regionais; o desenvolvimento da infra-estrutura de apoio à atividade, a exemplo de fábricas de gelo e da implantação de centros de informática; e o incentivo a malacocultura (criação de moluscos), cujo potencial, no caso do Pará, também é extraordinário.

Produção e pesquisa
Na quinta-feira, dia 04 de fevereiro, o ministro Gregolin estará em Santarém, na confluência dos rios Amazonas e Tapajós, distante mais de 1.300 quilômetros de Belém, a capital do Estado. Faz parte da programação do ministro a visita a áreas de comercialização de pescado em Santarém e, em seguida, uma visita à Estação de Piscicultura de Santa Rosa. Esta estação, além de ser reformada e ampliada, contará com infra-estrutura adequada à realização de pesquisas de espécies regionais com potencial aquícola, destinadas aos produtores de pescado. Apenas esta área de Santa Rosa destinada a pesquisas está merecendo investimentos da ordem de R$ 2 milhões. Ainda em Santarém, o ministério prevê a construção de um Centro Integrado da Pesca Artesanal (CIPAR), espaço de infra-estrutura e capacitação que beneficiará mais de sete mil pescadores da região.

Também estão sendo autorizadas a ampliação das estações de piscicultura Orion Nina Ribeiro, em Terra Alta, e de Fernando Flambot da Cruz, no município de Curuçá, no nordeste paraense, esta a única destinada ao desenvolvimento de pescados marinhos com potencial aquícola, abrangendo camarões, peixes e moluscos. As obras nesta estação, demandando recursos superiores a R$ 1,5 milhão, incluem a construção e reforma de laboratórios científicos e marinhos. Paralelamente também será construído em Curuçá um Centro de Capacitação, com recursos de quase R$ 1,2 milhão. Já a estação de Uruará, capaz de produzir dois milhões de alevinos por ano, será inteiramente construída no sudoeste paraense. O Ministério da Pesca e Aquicultura prevê ainda a ampliação da estação de piscicultura de Conceição do Araguaia, entre outras iniciativas.

Em outra frente, o ministério da Pesca e Aquicultura, em parceria com o governo paraense, tem projeto para o desenvolvimento da malacocultura no estado, notadamente ostras, com o objetivo de melhorar as condições de vida e renda da população. O trabalho começa pela estruturação de um Arranjo Produtivo Local (APL) das comunidades tradicionais de pesca e mariscagem situadas nas regiões de Augusto Corrêa, Maracanã, Curuçá, Salinópolis e São Caetano de Odivelas. As comunidades, hoje reunidas em sete associações de produtores, receberão incentivos para aumentar a produção, nos próximos dois anos, de 1,5 tonelada para 230 toneladas. Os indicativos são de que o Pará poderá se tornar um dos maiores produtores do País neste segmento.

Na sexta-feira, dia 05 de fevereiro, o ministro Altemir Gregolin terá agenda em Belém e em Breves, na Ilha de Marajó, onde inaugura o Projeto Pescando Letras, que deve alfabetizar apenas este ano quase nove mil pessoas apenas no Pará.

Territórios da pesca e aquicultura
O ministério da Pesca e Aquicultura vem trabalhando em todo o Brasil com o conceito de “territórios da pesca”. Os territórios reúnem municípios com afinidades econômicas, culturais, sociais e ambientais, em uma determinada região. Assim, os recursos destinados ao incremento do setor poderão ser mais bem planejados e otimizados, com a participação da comunidade. No caso do Pará, o ministério trabalha inicialmente com quatro territórios: Tucuruí, Arquipélago do Marajó, Baixo Amazonas e Caetés.

Assessoria de Imprensa do Ministério da Pesca