Acordo de Paris entrará em vigor em 30 dias. Sarney Filho apoia a antecipação da implantação do acordo global sobre mudanças do clima e destaca o protagonismo do Brasil.
TINNA OLIVEIRA
O Acordo de Paris sobre mudança do clima foi ratificado por 73 países e entrará em vigor em novembro. “A entrada em vigor do Acordo de Paris, antecipadamente, significa que a sociedade global está preocupada com a questão climática e engajada para que as mudanças climáticas não atinjam níveis catastróficos como os prognósticos científicos indicavam”, comemorou o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.
O anúncio feito pela Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira (05/10), mostra que os países responsáveis por 56 % das emissões globais de gases de efeito estufa entregaram seus instrumentos de validação, superando o mínimo necessário de 55% para que o pacto mundial entrasse em vigor. O Brasil depositou o instrumento de ratificação em 21 de setembro na sede das Nações Unidas. “A rapidez com que a gente homologou e se colocou como um país líder nesta questão tem tudo a ver com o fato de sermos um país biodiverso e, portanto, termos um diferencial que precisamos aproveitar nessa nova economia”, destacou o ministro.
O Brasil já está elaborando uma estratégia nacional para cumprir as metas do acordo. O próximo passo é discutir com a sociedade e dialogar com vários setores para enriquecer os meios de implantação. “Uma estratégia que seja verdadeiramente nacional e que corresponda a um novo plano de desenvolvimento para o país, que seja feita em base sustentável e de baixas emissões de gases de efeito estufa”, enfatizou o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Everton Lucero.
SOBRE O ACORDO
A COP21 (21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), realizada em Paris, em dezembro do ano passado, aprovou um acordo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
A NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) brasileira, estabelecida no âmbito do Acordo de Paris, apresenta a meta de reduzir as emissões do Brasil em 37%, em 2025, e em 43%, até 2030, abaixo dos níveis de 2005. A próxima conferência climática da ONU começa em sete de novembro em Marrakech, no Marrocos.