O Canadá organizará em 25 de janeiro, em Montreal, uma conferência internacional para avaliar a situação do Haiti após o terremoto de 12 de janeiro, com a presença do primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive.
A reunião ministerial de Montreal servirá para planejar uma cúpula sobre o Haiti que será realizada ainda no primeiro semestre, informou o Ministério de Assuntos Exteriores canadense.
A reunião foi estipulada na noite de domingo durante uma conversa por telefone organizada pelo Canadá, com a participação de Bellerive; dos ministros de Assuntos Exteriores de nove países do Grupo de Amigos do Haiti; do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza; e de Alain Le Roy, responsável pelos capacetes azuis da ONU.
Na teleconferência realizada no domingo, também participaram os responsáveis diplomáticos do Brasil, Estados Unidos, França, Chile, Peru, Uruguai, México, Argentina e Costa Rica.
“Os participantes apoiam totalmente o compromisso do primeiro-ministro Bellerive de ir à frente da reconstrução para edificar um novo Haiti”, afirmou o ministro de Assuntos Exteriores canadense, Lawrence Cannon, através de um comunicado.
O ministro canadense disse que a conferência internacional de 25 de janeiro servirá para “começar o processo de planejamento para uma grande conferência sobre a reconstrução do Haiti, que será realizada posteriormente”.
Segundo Cannon, em Montreal, “os participantes avaliarão a situação no Haiti e assegurarão que a Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah) possa concentrar os esforços internacionais na ajuda à população haitiana”.
O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 de Brasília da terça-feira passada e teve epicentro a 15 quilômetros da capital haitiana, Porto Príncipe. O Governo do país caribenho confirmou que pelo menos 70 mil corpos já foram enterrados.
Na quarta-feira passada, o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, tinha falado em “centenas de milhares” de mortos.
O Exército brasileiro confirmou que pelo menos 16 militares do país que participavam da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) morreram em consequência do terremoto.
A médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, e Luiz Carlos da Costa, o segundo civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti, também morreram no tremor.
Agência EFE