01. Plantas transgênicas

Os ministros do Meio Ambiente europeus rejeitaram por ampla maioria a proposta da Comissão Européia de deixar nas mãos de governos nacionais a decisão de autorizar ou não o cultivo de plantas transgênicas nos seus territórios. Eles alertaram que os organismos geneticamente modificados (OGMs) enfrentam crescente desconfiança da opinião pública. A União Europeia só autorizou até o último dia 14, o cultivo de dois tipos de transgênicos: o milho 810, da empresa americana Monsanto, que espera a renovação da autorização, e uma variedade de batata vendida pela Basf alemã. Outros 15 OGMs, em sua maioria sementes de milho, esperam autorização para cultivo. Uma petição assinada por mais de 1 milhão de europeus pediu a suspensão das autorizações de cultivo e de venda de OGMs.

02. Águas profundas

O governo dos EUA revogou a proibição da perfuração de poços petrolíferos em águas profundas, sete semanas antes do previsto, argumentando que regras recém-adotadas reduzem significativamente o risco de um novo vazamento como o que ocorreu neste ano num poço da BP no golfo do México. A revogação da proibição será uma boa notícia para empresas de perfuração, como a Transocean, e exploração de petróleo, como a Royal Dutch Shell. Mas analistas alertam que irá levar meses ou anos para que o setor volte ao mesmo ritmo em que vinha antes do acidente no poço Macondo, em abril deste ano.

03. Operação Arataú

A operação Arataú, feita por fiscais do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), combate desde junho o desmatamento ilegal no sul do Pará. Já foram aplicadas cerca de R$ 52 milhões em multas e apreendidas 320 m3 de madeira em tora -equivalente a cerca de 12 caminhões cheios-, uma balsa, 16 caminhões e três tratores encontrados dentro de áreas de floresta onde se constatou extração ilegal de produtos florestais. São aproximadamente 9.000 hectares de desmates irregulares, ou o mesmo que 3,5 vezes a área do arquipélago de Fernando de Noronha, também foram embargadas nos municípios de Pacajá, Portel, Novo Repartimento e Anapu.

04. Planeta Vivo

O Relatório Planeta Vivo 2010 mostra que os países tropicais, que também são os mais pobres, perderam 60% de flora e fauna nos últimos 40 anos. Em contrapartida, as nações localizadas em zonas temperadas tiveram um aumento de 29%. O relatório, publicado a cada dois anos pela organização não governamental WWF, aponta ainda que se mantém em alta a tendência de consumo superior ao da reposição de recursos renováveis no ambiente, já registrada na década de 80. Essa tendência é mais forte em economias de nações ricas ou mais desenvolvidas, seguidas pelos integrantes do Bric, do qual o Brasil faz parte ao lado de Rússia, Índia e China.