A bordo do Creoula, as tarefas são realizadas por todos, guarnição e instruendos. A alvorada apita-se às sete da manhã, sendo que durante hora e meia abre o refeitório para a primeira refeição do dia. Às oito e meia, é hora de içar seis das doze velas que compõem o lugre: todos estão munidos de luvas e, enquanto uns puxam as cordas necessárias para que o guincho possa içar as velas, outros vão arrumando as cordas que se encontram no chão do convés.

Entretanto, na proa, já ocuparam as posições os ornitólogos que vieram estudar as aves marinhas.

À hora de almoço, não estivéssemos nós no mar, é servido caril de lulas com arroz e uma sopa de legumes, já que é muito importante percorrer todos os géneros alimentícios, ajudando à boa forma física e à moral dos embarcadiços.

No que toca a limpezas, todos entram no sistema de grupos de trabalho, os chamados quartos, turnos de quatro horas que são realizados em sítios tão diferentes como a cozinha, o leme ou a vigia.

Hoje, o turno que me coube em sorte leva-me até à cozinha, onde é preparada uma jardineira onde nem sequer faltam os enchidos para dar cor ao prato. Depois do jantar, o descanso merecido. Amanhã, recomeça o ciclo no arranque da manhã.

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