Na qualidade de Presidente da Fenactur – Federação Nacional de Turismo e Vice-Presidente da recém criada CNTur – Confederação Nacional de Turismo – que sem dúvida vem para fortalecer ainda mais a indústria do Turismo, afirmo que o trabalho dos Agentes de Viagens é muito importante para o desenvolvimento/crescimento do Turismo. O Agente de Viagens é propulsor do mercado turístico. Os Agentes são os grandes criadores de roteiros ou produtos turísticos, pesquisadores de novos destinos e grandes conselheiros para oferecer ao seu cliente o maior número de informações precisas, no menor tempo possível.

Além de   unir  os   elos   da   cadeia   produtiva   do   Turismo ( Hotelaria, Locadoras de Automóveis, Cias. Aéreas etc.), os Agentes de Viagens estão presentes em todo o País. Somente os Associados à Fenactur, somam cerca de 15.000, em 24 Estados e no Distrito Federal.

No entanto, é preciso reconhecer que no mercado, não existe mais espaço para amadores! Os profissionais devem estar sempre se atualizando, buscando agregar conhecimento, utilizando as ferramentas disponíveis. A Internet é uma ferramenta indispensável nesse mercado, mas vem aumentando a distância entre as partes (cliente x agente). Os agentes devem conhecer melhor os produtos ou destinos, itens fundamentais para permanecer no mercado.

Entendo que, uma maior capacitação do Agente de Viagens é extremamente importante. Capacitação no sentido de mostrar sua importância ao cliente, na valorização do serviço. Entendo também que a regulamentação da atividade é importante pelo ponto de vista jurídico, dá respaldo legal, porém, muito mais importante é profissionalizar o Agente de Viagens.

O TURISMO VAI MUITO BEM, OBRIGADO!

A atividade do Turismo mostra claramente que ela é extremamente importante para a economia do Brasil e para a economia Mundial. No Brasil, este setor está registrado como terceiro item na pauta de exportação e o aumento de turistas e das receitas proporcionadas pelo Turismo é sem dúvida, isoladamente, a principal fonte de ingressos no País.

Num momento em que o mundo incorporou todos os avanços da informática na atividade do Turismo, não é possível substituir as pessoas pelas máquinas. Por isso, o Turismo é o maior setor empregador de pessoas no mundo, pelas oportunidades que oferece.

É claro que o setor enfrenta problemas, sendo um dos mais importantes, a qualificação dos serviços turísticos. É preciso melhorar muito a qualidade da prestação de serviços. Apesar do brasileiro ser um povo trabalhador, cordial e hospitaleiro, é carente de qualificação profissional. O Ministério do Turismo, tem como um dos seus principais objetivos, a PROFISSIONALIZAÇÃO DO SETOR.  A qualidade do receptivo para o turista nacional e internacional é fundamental.

Nosso País tem potencial para, apesar da “crise”, não só alcançar as metas previstas, como superá-las. Para isso, é necessário continuar a divulgar e promover o Brasil no exterior, através das Feiras Internacionais e através de ações dirigidas e focadas em Países grandes “emissores de turistas”.

Paralelamente, o Governo deverá continuar investindo fortemente na infra-estrutura que serve ao turismo tais como, aeroportos, rodovias, rede hoteleira e na formação de mão-de-obra especializada. Afirmo ainda que o Brasil tem, talvez a marca mais forte do mundo relacionada à natureza, mas ainda não sabe tirar proveito disso.

Novamente digo que, apesar da crise, o  momento é bom e altamente positivo para o Turismo. A ascensão e o crescimento do Turismo, principalmente o doméstico,  não é mais uma expectativa, mas sim, realidade.

Enfatizo que para o turismo crescer, necessita de apoio e compreensão dos governos, ganhando força para discutir transportes, cultura, questões ambientais e econômicas com os demais setores. Este trabalho deverá ser desenvolvido para agregar valor a vários integrantes de cadeia produtiva, trazendo benefícios também para todas as demais empresas ligadas ao setor, como Hotéis, Cias Aéreas, Locadoras de Automóveis e outras. Caso isto não aconteça, o turismo continuará sendo algo que todos gostam, mas que muitos poucos compreendem e valorizam.

Muito obrigado.

Michel Tuma Ness