Em vez da simples punição a quem desrespeita a lei ambiental, o Ibama de Rondônia resolveu apostar na educação para tentar diminuir os crimes contra o meio ambiente. A cada dois meses, a instituição, em parceria com outros 15 organizações, faz oficinas com infratores ambientais leves.

A participação nos cursos, que duram uma semana, é uma pena alternativa que a Justiça estadual pode aplicar a infratores leves no lugar da multa ou prestação de serviços à comunidade. Entre os crimes ambientais cometidos pelos alunos estão casos de pequenas queimadas, pesca irregular, caça predatória ou poluição ambiental em pequena escala.

“O perfil é muito diversificado. Há pessoas que são não sabem ler, que nunca sentaram numa sala de aula, e outras com formação, como um engenheiro agrônomo”, relata a analista ambiental Izabel Cordeiro, que coordena as oficinas.

o todo, já foram mais de 180 alunos. Alguns deles, sequer praticaram irregularidade: “Muitos participantes, após a primeira aula, trazem os familiares para assistirem à oficina também”, explica. Na última turma, os participantes levaram tantas crianças, que foi formado um grupo separado com atividades para elas.

“Dessas turmas que tivemos, algumas pessoas viraram multiplicadores que se apaixonaram pela questão ambiental. Eles passam a ligar para o Ibama para avisar de problemas”, aponta.

Segundo a analista ambiental, os alunos das oficinas, em sua maioria, sabiam que estavam praticando irregularidades, mas não compreendiam o sentido da lei. O curso tenta mostrar por que cumprir a legislação e respeitar o meio ambiente é tão importante.

Globo Amazônia