Para o ministro da Saúde, aplicações na pasta devem ser discutidas entre parlamentares, governos, prefeituras e a sociedade

Investimento público: para o ministro da Saúde Alexandre Padilha, é necessário que novos recursos sejam aplicados na saúde (Agência Brasil)

Investimento público: para o ministro da Saúde Alexandre Padilha, é necessário que novos recursos sejam aplicados na saúde (Agência Brasil)

Com o cuidado de não falar da volta da CPMF ou na criação de um novo imposto, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira que “há um clima positivo no Congresso, na base aliada e na oposição, para debater avanços nos mecanismos de gestão, regra estável de financiamentos e recursos crescentes para a saúde”. Apesar de desconversar sobre o retorno da CPMF, o ministro afirmou que a origem desses recursos deverá ser discutida entre parlamentares, governos, prefeituras e a sociedade.

Padilha repetiu uma frase que disse ter ouvido de um professor durante um congresso médico que “os recursos têm de vir nem que seja da Lua, de Marte, do pré-sal, de onde quer venha. Mas tem que ter recursos crescentes para a saúde”. O ministro disse ter a expectativa de que o Congresso vote ainda este ano a emenda constitucional 29, que fixa regras de limite mínimo de aplicações em recursos para a saúde e de atribuição de municípios, estados e da União.

Aids – Depois de passar por Recife, Padilha estará nesta terça-feira no Rio divulgando a campanha de prevenção contra a Aids, que este ano tem foco nas mulheres jovens, de 13 a 19 anos. Segundo o ministro, as pesquisas mostram que nesta faixa etária há mais jovens infectadas do que rapazes, principalmente no Norte e no Nordeste. Serão distribuídas durante o carnaval 85 milhões de camisinhas em todo o País.

O Ministério da Saúde também montou tendas para teste rápido de HIV no Rio, Recife, Salvador e São Paulo. O resultado do teste sai em 10 minutos. “Muitas jovens de 13 a 19 anos não tiveram referências da prevenção da aids que outras gerações tiveram. A campanha quer estimular a exigir a camisinha do parceiro. E queremos chegar ao diagnóstico precoce porque um grande número de pessoas morre em consequência do diagnóstico tardio”, afirmou Padilha.

Carnaval – O ministro assiste ao segundo dia de desfiles do Grupo Especial das escolas de samba do Rio no camarote do governador Sérgio Cabral, no sambódromo.

(Com Agência Estado)

Fonte: VEJA On-line