A deputada federal Fátima Pelaes (PMDB/AP) está entre os 26 integrantes da delegação de deputados e senadores que participarão da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhagen, Dinamarca. A parlamentar chega à capital dinamarquesa no domingo, 13.

Além da Conferência do Clima, a Cop 15, os parlamentares brasileiros terão encontro de trabalho com a Delegação do Parlamento Europeu (Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar) e participarão ainda do Encontro Parlamentar organizado pela União Interparlamentar (UIP) e pelo Parlamento Dinamarquês.

Fátima Pelaes participará do encontro como representante da Câmara Federal, por indicação da secretaria do grupo brasileiro da União Interparlamentar. Além dela, da delegação brasileira participarão ainda os senadores Cristovam Buarque (PDT/DF) e Aloizio Mercadante (PT/SP).

Iniciada na última segunda-feira, 07, a Conferência do Clima das Nações Unidas tem como principal objetivo conciliar progresso e meio ambiente. Cerca de 35 mil pessoas se credenciaram para participar do evento. Quase 100 chefes de governo confirmaram presença.

Até o dia 18, afirma a deputada amapaense, os negociadores de mais de mais de 190 países terão a difícil missão de chegar a um consenso sobre o novo acordo climático para complementar o Protocolo de Quioto depois de 2012. O desafio inclui a conciliação de interesses de países ricos e nações em desenvolvimento para chegar a níveis de redução de emissões de gases de efeito estufa que evitem o colapso climático do planeta.

Também está em jogo a definição de um mecanismo para compensar a redução de emissões pelo desmatamento de florestas e dos valores do financiamento dos países ricos para os que os mais pobres se adaptem às conseqüências da mudança do clima, conta que até agora não está fechada.

“O que pretende-se com o evento é evitar que o aquecimento passe de dois graus até o fim do século. Mas, hoje, é afirmar se esta conferência terá sucesso. Até agora, as maiores concessões foram feitas justamente por países em desenvolvimento, como o Brasil e a África do sul. Mas sem os ricos, principalmente os americanos que têm a maior economia do mundo e a China, que juntos são os maiores poluidores do planeta, não será possível avançar como se pretende”, disse a deputada.

Único país rico a não assinar o Protocolo de Quioto, os EUA prometeram corte de 17% das emissões até 2020. A China, anunciou compromisso de corte entre 40% e 45% por unidade de Produto Interno Bruto (PIB) até 2020, o que na prática ainda significa dobrar as emissões do país. A conta brasileira é de redução entre 36,1% e 39,8% até 2020, o que segundo o governo, vai evitar o lançamento de mais de 1 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera.

Assessoria de Imprensa